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ESPÉCIES DE ANIMAIS AQUÁTICOS ASSOCIADOS AO DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA DE HAFF EM HUMANOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

A doença de Haff é uma síndrome de mialgia e rabdomiólise em humanos causada por uma toxina termoestável de origem desconhecida presente nos músculos e vísceras de determinados peixes e crustáceos podendo estar associada ao processo de bioacumulação aquática. O objetivo do trabalho é reunir todos os vetores associados à doença de Haff desde o seu primeiro relato até o atual momento, a fim de compreender melhor sua ocorrência, distribuição e patogenicidade. Em 1924, na região báltica, foram registrados os primeiros casos da doença após o consumo das espécies de peixes Burbot (Lota lota), Enguia (Anguilla anguilla) e Pike (Esox lucius). Em 1984 nos Estados Unidos da América, a doença foi relatada pela primeira vez após o consumo de peixe das espécies Peixe búfalo (Ictiobus cyprinellus), Lagostim vermelho (Procambarus clarkii), Salmão (Salmo spp.), Carpa Capim (Ctenopharyngodon idella). Em 1990, no Japão, foram relatados casos de Doença de Haff após o consumo dos peixes marinhos Boxfish (Ostracion immaculatus) e Roundbelly Cowfish (Lactoria diaphana). Na China, em 2000, foi feito o primeiro registro da síndrome associada ao consumo de Lagostim vermelho (Procambarus clarkii), sendo esta espécie o principal fator patogênico da doença de Haff na China. No país também há relatos da ocorrência da doença através da ingestão de "Pomfret" (Colossoma brachypomum). No Brasil os primeiros casos foram registrados a partir de 2007 após o consumo de Tambaqui (Colossoma macropomum), Pacu (Mylossoma ssp.), Pirapitinga (Piaractus brachypomus), Arabaiana (Seriola spp.) e Badejo (Mycteroperca spp.). Não existe antitoxina para o envenenamento por doença de Haff, o tratamento é realizado através do alívio dos sintomas e tratamento das complicações, o que demonstra ainda mais a importância de estudos que busquem aprofundar os conhecimentos acerca da toxina e do seu mecanismo de ação tanto em peixes quanto em humanos. 

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ESPÉCIES DE ANIMAIS AQUÁTICOS ASSOCIADOS AO DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA DE HAFF EM HUMANOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

  • DOI: 10.22533/at.ed.6942309011

  • Palavras-chave: Crustáceos, Mialgia, Peixes, Rabdomiólise e Síndrome

  • Keywords: Crustaceans, Acute , Pisces, Rhabdomyolysis and Syndrome

  • Abstract:

    Haff's disease is a syndrome of myalgia and rhabdomyolysis in humans caused by a thermostable toxin of unknown origin present in the muscles and viscera of certain fish and crustaceans, which may be associated with the process of aquatic bioaccumulation. The objective of the work is to gather all the vectors associated with Haff's disease from its first report to the present moment, in order to better understand its occurrence, distribution and pathogenicity. In 1924, in the Baltic region, the first cases of the disease were recorded after the consumption of the Burbot (Lota lota), Eel (Anguilla anguilla) and Pike (Esox lucius) species. In 1984 in the United States of America, the disease was reported for the first time after the consumption of fish of the species Buffalo fish (Ictiobus cyprinellus), Red crayfish (Procambarus clarkii), salmon (Salmo spp.), grass carp (Ctenopharyngodon idella). In 1990, in Japan, cases of Haff's disease were reported after consumption of the marine fish Boxfish (Ostracion immaculatus) and Roundbelly Cowfish (Lactoria diaphana). In China, in 2000, the first record of the syndrome associated with the consumption of red crayfish (Procambarus clarkii) was made, and this species is the main pathogenic factor of Haff's disease in China. In the country there are also reports of the disease occurring through the ingestion of "Pomfret" (Colossoma brachypomum). In Brazil, the first cases were registered in 2007 after the consumption of Tambaqui (Colossoma macropomum), Pacu (Mylossoma ssp.), Pirapitinga (Piaractus brachypomus), Arabaiana (Seriola spp.) and Badejo (Mycteroperca spp.). There is no antitoxin for poisoning by Haff's disease, treatment is carried out through the relief of symptoms and treatment of complications, which further demonstrates the importance of studies that seek to deepen knowledge about the toxin and its mechanism of action both in fish as in humans.

  • Geovana Dotta
  • Carlos Henrique Cardoso Almeida
  • Erica Marques Santana
  • Giulia dos Santos Giassi Accioly
  • Anne Carolyne Sena Almeida
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