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capa do ebook ESPAÇO E EXIGUIDADE NA CARACTERIZAÇÃO DAS LITERATURAS MINORITÁRIAS

ESPAÇO E EXIGUIDADE NA CARACTERIZAÇÃO DAS LITERATURAS MINORITÁRIAS

Para o presente trabalho

traçaremos algumas considerações sobre o

espaço, visando estender o problema para as

literaturas minoritárias em geral, apoiando-nos,

para tanto, principalmente em François Paré,

crítico canadense, mas recorrendo também a

outros estudiosos brasileiros contemporâneos

do assunto. Paré, em seu discurso sobre

a exiguidade – no importante ensaio Les

littératures de l’exiguïté (1992) –, concebe as

“literaturas minoritárias” como “as obras literárias

produzidas no seio das minorias étnicas no

interior dos Estados unitários” (p. 26). No caso

específico da literatura acadiana, ele a insere no

domínio do que chama “as literaturas insulares”,

“enquanto condição interiorizada da exiguidade

insular” (p. 31), da mesma forma que se poderia

falar de “minorização”. Assim, segundo ele, a

insularidade da literatura acadiana “faz a sua

força estratégica ao mesmo tempo que constitui

os seus limites mais tangíveis” (p. 31). Lucie

Hotte, em sua apresentação à Revue du Nouvel-

Ontario dedicado ao espaço em literatura

franco-ontariana (outra importante minoria

linguística francófona do Canadá), lembra que

Paré destaca a valorização excessiva do espaço

pelas pequenas literaturas, e Hotte acrescenta

que, “privadas de espaço real, as comunidades

minoritárias (...) tentam criar para si um espaço

por meio da criação artística e particularmente

pela literatura” (p. 5).

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ESPAÇO E EXIGUIDADE NA CARACTERIZAÇÃO DAS LITERATURAS MINORITÁRIAS

  • DOI: 10.22533/at.ed.2831925066

  • Palavras-chave: Literaturas Minoritárias; Identidade; Espaço Literário; Exiguidade; François Paré.

  • Keywords: Minority Literatures; Identity; Literary Space; Exiguity; François Paré.

  • Abstract:

    The present work we will focus on

    some aspects related to space, aiming to extend

    the problem to minority literatures in general,

    under the support of François Paré, a Canadian

    critic, but also resorting to other Brazilian

    scholars contemporary of the subject matter.

    Paré, in his important essay Les littératures

    de l’exiguité (1992), conceives “minority

    literatures” as “the literary works produced by

    ethnic minorities within unitary States” (p. 26). In

    the specific case of the Akkadian literature, he

    inserts it in the domain of what he calls “island

    literature”, “as an internalized condition resulting

    from island exiguity in the same way one could

    speak of “minorization.” Thus, according to him,

    the insularity of Akkadian literature “makes its

    strategic force at the same time as it constitutes

    its most tangible limits” (p.31). Lucie Hotte,

    in her presentation to the Revue du Nouvel-

    Ontario dedicated to space in French-Ontarian

    literature (another important Francophone

    linguistic minority of Canada), recalls that Paré

    emphasizes the excessive valorization of the space by the “small” literatures, and Hotte

    adds that, “deprived of real space, minority communities (...) try to create a space for

    themselves through artistic creation and, particularly, through literature “(p.5).

  • Número de páginas: 15

  • Nelson Luis RAMOS
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