Este artigo é parte de pesquisa

em curso empreendida pelos autores, em

desenvolvimento no programa de pósGraduação em Geografia, sobre o Urbanismo

Militar, na ótica da militarização das escolas

públicas do Estado de Goiás. Discutimos

qual o ordenamento territorial de uma política

pública voltada à vigília e punição via disciplina,

investiga a relação entre o novo urbanismo

militar e a transposição dessa política urbana

às escolas, através da militarização das

unidades que desemboca na militarização

das cidades. Ocorre, que diferentemente da

agora grega, onde a participação política era

elemento fundamental da compreensão do

que se entendia como o ethos do cidadão, e

exercício da cidadania, as cidades brasileiras

e as escolas, tem rumado no sentido

distanciamento dessa cidadania, à medida

em que se formam escolas fortalezas, em que

ao invés de cidadãos, participativos, temos o

fomento de indivíduos treinados para enfrentar

a guerra externa. Assim, as cidades se tornam a

partir da doutrina de segurança, configurações

espaciais securitárias, onde ideia de controle

da segurança estrutura o espaço urbano, e, em

nosso caso, se desdobra na educação. Discutese a dominação social da ordem dos discursos

nas diferentes espacialidades, através da

educação. Nesse sentido, investigar como a

arquitetura da segurança, que desemboca

numa época de pós-política, como o complexo

Industrial Militar, e a subsequente securitização

da vida urbana, refletem a guerra transposta à

cidade, reverbera num ordenamento territorial

de exclusão sócio espacial, caracterizada

pela negação à política, bem como ao direito

à cidade,numa configuração Heterônoma que

conflue na militarização dos espaços escolares.