Escanteio: mulheres que trocam o rosa cultural pelo preto da tradição - o campo da arbitragem em futebol
Esse estudo tem como objetivo refletir
sobre a divisão sexual no trabalho esportivo
focando a arbitragem em futebol, retomando
o artigo publicado em anais de congresso em
2013, descrevendo-o, fazendo uma releitura
sob novos olhares, considerando as mudanças
no campo nesse intervalo de tempo e inserindo
importantes novas questões. Nesse sentido,
mantendo a coerência o debate das avaliações
físicas, se mantém, baseado naquele período.
O estudo, em seu primeiro momento originou
de relato de experiência, e nessa nova versão
articula com a pesquisa realizada, tendo como
método o corpo-experiência e a pesquisadora
desde dentro: ex-atleta de futebol e exárbitra.
Descrevemos sucintamente como as
avaliações físicas ocorrem e discutimos sobre
as construções e desconstruções dos corpos
apreciando o desempenho das mulheres nos
esportes, exemplificando com o tempo realizado
por corredor@s maratonistas. Nos resultados o
campo futebolístico resiste à igualdade social
entre os sexos, equivocadamente apelando
pela igualdade física, cujas avaliações físicas
exigidas iguais para ambos os sexos são
recursos utilizados em detrimento da liberdade
das mulheres na arbitragem brasileira. No outro
lado, o corpo das mulheres nos esportes aparece
como afronta de gênero ao androcentrismo no
trabalho esportivo – corpo construído diferente,
em desconstrução e apto para o tipo de trabalho
– o futebol
Escanteio: mulheres que trocam o rosa cultural pelo preto da tradição - o campo da arbitragem em futebol
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DOI: 10.22533/at.ed.49019160121
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Palavras-chave: Gênero/Esporte. Divisão do trabalho. Corpo em construção. Árbitra de futebol.
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Keywords: Gender /Sport. Division of labor. Body under construction. Soccer referee.
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Abstract:
CORNER KICK: WOMEN
WHO EXCHANGING THE CULTURAL PINK
FOR TRADITION BLACK- THE FIELD OF
REFEREEING IN FOOTBALL
This work aims to reflect on the sexual division
in sports work focusing on soccer refereeing,
retaking the article published in congress annals
in 2013, describing it, doing a re-reading under
new eyes, considering the changes in the field in
that time interval and introducing important new
issues. In this sense, maintaining coherence,
the discussion of the physical evaluations
presented remains, based on that period. The
study, in its first moment originated from an
experience report, and in this new version articulates with research carried out using
the body-experience method, driven by one of the authors who writes to you (Ineildes
Calheiro), former soccer athlete and ex-referee. We briefly describe how the criteria
of sexual difference were employed, how physical assessments occur, and discuss
the constructions and deconstructions of bodies appreciating women’s performance in
sports, exemplified by time spent by marathon runners. In the results the football field
resists social equality between the sexes, mistakenly appealing for physical equality,
whose equal physical evaluations required for both sexes are resources used to the
detriment of women’s freedom in Brazilian arbitration. On the other hand, the body of
women in sports appears as a gender affront to androcentrism in sports work - a body
built differently, deconstructing and fit for the type of work, and therefore, in the body
order of the day.
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Número de páginas: 15
- Ineildes Calheiro
- Eduardo David Oliveira
- Ineildes Calheiro dos Santos