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ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO TRATAMENTO DE EMBOLIA PULMONAR NO ESTADO DE MINAS GERAIS

A embolia pulmonar é a terceira causa mais comum de morte cardiovascular, atrás apenas do acidente vascular encefálico e do infarto do miocárdio (ESSIEN et al., 2019), enfatizando a necessidade de tratamento imediato. Embora os procedimentos não cirúrgicos tenham superado a cirurgia como abordagem principal, é crucial considerar a avaliação contextualizada das opções terapêuticas, incluindo intervenções médicas baseadas em cateteres e procedimentos cirúrgicos (MARTINEZ et al., 2020). Este estudo analisou 14 anos de tratamento de embolia pulmonar em Minas Gerais e correlacionou a epidemiologia atual com os resultados. Foi realizada uma revisão da literatura e uma coleta observacional dos dados disponíveis no DATASUS – Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) de janeiro de 2008 a dezembro de 2022, incluindo internações, gastos públicos, complexidade, taxa de mortalidade, óbitos, permanência e artigos em Scielo, Lilacs e PubMed. No período, ocorreram 20.791 internações, totalizando R$378.220.81,95 em gastos, com 2022 registrando o maior número de internações (2.078) e os maiores gastos (R$4.753.269). Do total de procedimentos, 126 foram eletivos e 20.664 de urgência, com 2.492 no setor público, 6.055 no privado e 12.294 internações de caráter ignorado. Todas as internações foram consideradas de média complexidade. A taxa de mortalidade total em 14 anos foi de 15,88, com 3.302 óbitos, sendo 2010 com a taxa mais alta (20,04) e 2019 com a menor (13,53). A taxa de mortalidade foi de 15,08 para procedimentos eletivos e 15,89 para os de urgência, enquanto no setor público foi de 18,92 comparado a 17,47 no privado, com 14,49 no grupo de internações ignoradas. A média de permanência foi de 9,7 dias, com custo médio de R$1819,16. Este estudo evidenciou disparidades entre atendimentos de emergência e procedimentos eletivos, com maior incidência no setor privado. No entanto, a alta quantidade de internações não registradas é alarmante e indica negligência na coleta de dados. A embolia pulmonar, uma doença grave com alta taxa de mortalidade, requer abordagens de tratamento mais eficazes. Esses resultados ressaltam a urgência de melhorias na gestão da embolia pulmonar e na coleta de dados para enfrentar essa questão de saúde pública. Este estudo enfatiza a necessidade imediata de ações corretivas.
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ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO TRATAMENTO DE EMBOLIA PULMONAR NO ESTADO DE MINAS GERAIS

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.8572411064

  • Palavras-chave: Embolia pulmonar, Epidemiologia, Tratamento, Setor de saúde, Taxa de mortalidade.

  • Keywords: Pulmonary embolism, Epidemiology, Treatment, Healthcare sector, Mortality rate.

  • Abstract: This study analyzed 14 years of pulmonary embolism treatments in Minas Gerais, Brazil. Among 20,791 hospitalizations costing R$378 million, 2022 had the highest number of cases (2,078) and expenses (R$4.75 million). Most cases were urgent (20,664), with 2,492 in the public sector, 6,055 in the private, and 12,294 unreported. The mortality rate averaged 15.88%, peaking in 2010 (20.04%) and dropping to its lowest in 2019 (13.53%). The study underscores the need for improved pulmonary embolism management and data collection to address this significant public health concern in Brazil.

  • João Vitor Magalhães Silva
  • Artur Parente Martins
  • Fábio Theodoro Gomes
  • João Vitor De Resende Côrtes
  • Patrício Clemer Alonso Ramalho
  • Paulo Roberto Hernandes Júnior
  • Paula Pitta de Resende Côrtes
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