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Entre o Príncipe e a Tempestade: O que podemos aprender com Maquiavel sobre os Desafios Políticos da Crise Climática

Este ensaio propõe uma articulação entre a filosofia política de Nicolau Maquiavel e a crise climática contemporânea, considerando os desafios de governança, poder e responsabilidade diante de uma catástrofe ambiental global. Com base nos conceitos de virtù, fortuna e razão de Estado, argumenta-se que a leitura maquiavélica pode jogar luz nos dilemas enfrentados por lideranças políticas diante da instabilidade ecológica. Diálogos com autores como Bruno Latour, Naomi Klein, Dipesh Chakrabarty e Timothy Morton permitem ampliar essa reflexão, deslocando a crise ambiental do campo técnico para o campo político-filosófico. A crise climática exige novas formas de imaginar o poder e a ação em meio à incerteza, e a tradição realista de Maquiavel oferece ferramentas críticas para esse esforço.
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Entre o Príncipe e a Tempestade: O que podemos aprender com Maquiavel sobre os Desafios Políticos da Crise Climática

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.750112524033

  • Palavras-chave: Maquiavel; crise climática; filosofia política; razão de Estado; antropoceno

  • Keywords: Machiavelli; climate crisis; political philosophy; reason of state; Anthropocene

  • Abstract: This essay proposes an articulation between Niccolò Machiavelli’s political philosophy and the contemporary climate crisis, focusing on the challenges of governance, power, and responsibility in the face of a global environmental catastrophe. Drawing on the concepts of virtù, fortuna, and reason of state, the essay argues that a Machiavellian perspective can shed light on the dilemmas faced by political leaders amid ecological instability. Dialogues with thinkers such as Bruno Latour, Naomi Klein, Dipesh Chakrabarty, and Timothy Morton help broaden this reflection by shifting the climate crisis from a technical domain to a political-philosophical one. The climate crisis demands new ways of imagining power and action in the face of uncertainty, and Machiavelli’s realist tradition offers critical tools for that endeavor.

  • Marco Machado
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