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Entre a religiosidade e a insurgência: as santidades indígenas no Brasil colonial

Se, num primeiro momento, o termo santidade foi usado pelos colonizadores portugueses para se referir à religiosidade dos povos nativos americanos, ao longo do século XVI essa palavra passou também a designar as revoltas indígenas que emergiram contra o governo colonial, as quais continham elementos “milenaristas” e do próprio universo religioso desses povos. Considerando o duplo significado assumido pelo termo santidade, buscou-se, a partir de uma análise comparativa, elementos em comum que teriam levado a que a religiosidade nativa e os movimentos insurgentes recebessem uma mesma denominação. Como estes foram um fenômeno amplo, observado em toda a América portuguesa, tomou-se como referência a Santidade de Jaguaribe, pelo seu alcance e vasta documentação. Além disso, ao longo do artigo, pretende-se ressaltar a complexidade dos movimentos da santidade, com base na conciliação entre abordagens histórica e antropológica, defendendo-se que eles foram instrumentos mobilizados pelas polpulações nativas e baseados em seu universo cultural, para interpretar a realidade colonial e agir sobre ela. Ao final do texto, apresentam-se duas hipóteses levantadas para a questão problema apresentada acima baseadas na variedade de elementos comuns à religiosidade nativa e aos movimentos insurgentes estudados, bem como no obstáculo que ambos apresentaram ao projeto colonial.

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Entre a religiosidade e a insurgência: as santidades indígenas no Brasil colonial

  • DOI: 10.22533/at.ed.06621190311

  • Palavras-chave: Santidades indígenas; Religiosidade indígena; Revoltas indígenas; Santidade de Jaguaribe; Brasil colonial.

  • Keywords: Indian sanctities; Indigenous religiosity; Indigenous revolts; Sanctity of Jaguaribe; Colonial Brazil.

  • Abstract:

    Wether, at first, the term sanctity was used by Portuguese colonizers to refer to the religiosity of native american peoples, throughout the 16th century that word also came to designate the indigenous revolts that emerged against the colonial government, which contained millenarianists elements and from the religious universe of these peoples. Considering the double meaning assumed by the term sanctity, through a comparative analysis, it was sought to elements in common that could have led native religiosity and insurgent movements to receive the same denomination. As the sanctity movements were a wide phenomenon, observed throughout Portuguese America, the Sanctity of Jaguaribe was taken as a reference, due to its reach and vast documentation. Besides, throughout the article, it is intended to emphasize the complexity of the movements of sanctity, based on the conciliation between historical and anthropological approaches, arguing that they were instruments mobilized by native populations and based on their cultural universe, to interpret the the colonial reality and act on it. At the end of the text, two hypotheses are raised for the question presented above fundamented on the variety of elements common to native religiosity and the insurgent movements studied, as well as the obstacle that both represented to the colonial project.

  • Número de páginas: 15

  • Juliana Mary Lourenço
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