Entre a história e o patrimônio cultural: o papel do reconstruir simbólico da Feira de São Cristóvão
Partindo do princípio de que
o patrimônio cultural se forma a partir de
conceitos como memória, identidade, tempo
histórico e documento, situa-se, a partir do
modo como lugares e temporalidades de uma
realidade social se constitui e é pensado, criado
e definido a partir do valor a ele atribuído. O
patrimônio construído no conceito histórico
moderno parte do estabelecimento de discursos
produzidos a partir do Estado-nação, no qual
a retórica da perda é uma articulação entre o
domínio/Estado e o coletivo/contraponto em
forma dialética. Esse Estado, na busca pela
salvaguarda do povo no território e no tempo
sobressalta a visão de manutenção da memória
coletiva pela representatividade histórica do
monumento no tempo. Essa perspectiva que
discute a necessidade de manutenção de
uma memória coletiva é um símbolo do que
está em perigo e necessita de salvaguarda,
embate na concepção de que o patrimônio é
a valorização temporal de lugares e sujeitos
perante a sociedade. Esse trabalho busca
compreender em que medida a religiosidade
se (re)constrói simbolicamente num “lugar de
memória” recriado e transformado na Feira
de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Como
metodologia foi elaborada pesquisa qualitativa
e quantitativa, mensurando dados sobre
“quem são” os nordestinos no Rio de Janeiro
e como se comportam frente ao tema, além de
entrevistas a sujeitos que criaram essa interface
na localidade. Como resultados identificam-se
simbolicamente sujeitos e histórias comuns
a outras que se revelam memórias de temas
correlatos à religiosidade como migrações,
territórios e narrativas simbólicas.
Entre a história e o patrimônio cultural: o papel do reconstruir simbólico da Feira de São Cristóvão
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DOI: Atena
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Palavras-chave: Patrimônio Cultural, Religiosidade, Feira de São Cristóvão.
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Keywords: Atena
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Abstract:
Atena
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Número de páginas: 15
- Elis Regina Barbosa Angelo