ENCARCERAMENTO FEMININO: a (in)eficácia da política criminal enquanto violadora de direitos.
O Brasil é membro signatário de pactos internacionais e possui legislação própria no que concerne ao desencarceramento feminino. Contudo, o que se verifica é o aumento massivo de prisões preventivas de mulheres e a manutenção e regulação da violência através da negação de direitos. Pretende-se com a análise dos dados do sistema carcerário feminino no Rio Grande do Sul, trazer à tona a produção de violação de direitos perpetrada pela política criminal brasileira às mulheres em situação de cárcere. Ademais, propõe-se promover a reflexão e discussão sobre a possibilidade do aprisionamento feminino incutir e sustentar a reprodução de violência de gênero e exclusão social imposta pelo aparato legal punitivista. Nesse contexto, características importantes destacam-se enquanto elemento de discriminação. A pesquisa realizada abrangeu (i) as percepções experenciadas em quatro anos de atendimento às mulheres apenadas, (ii) dados quantitativos do fluxo de mulheres presas em uma instituição penitenciária específica durante o ano de 2016 e (iii) a interpretação transversalmente concluída pelas correntes teóricas aqui tratadas. As informações obtidas permitirão aventar discussões teóricas sobre as decisões condicionantes da política criminal brasileira enquanto violadora de direitos e (re)produtora de violência de gênero através do encarceramento feminino.
ENCARCERAMENTO FEMININO: a (in)eficácia da política criminal enquanto violadora de direitos.
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Palavras-chave: gênero, violação de direitos, política criminal, sistema prisional.
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Keywords: Keywords
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Abstract:
Abstract
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Número de páginas: 11
- Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo
- Daiana Maturano Dias Martil