Efeitos Sinérgicos dos Nutrientes Bioativos nas Fórmulas Infantis Modernas: Revisão Sistemática das Evidências Clínicas e Funcionais

• DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.4442507106

• Palavras-chave: fórmulas infantis, prebióticos, leite humano, oligossacarídeos do leite materno

• Keywords: fórmulas infantis, prebióticos, leite humano, oligossacarídeos do leite materno

• Abstract: Introdução: A evolução das fórmulas infantis modernas tem buscado reproduzir cada vez mais a complexidade nutricional e funcional do leite materno, incorporando nutrientes bioativos como oligossacarídeos, lipídios estruturados, proteínas intactas e micronutrientes essenciais, cuja interação sinérgica impacta diretamente o crescimento e a imunidade dos lactentes. Objetivo: Avaliar de forma sistemática as evidências clínicas e funcionais sobre o efeito sinérgico de nutrientes bioativos adicionados às fórmulas infantis de primeira e segunda fase. Métodos: Foram pesquisadas as bases PubMed, Scopus, Web of Science, Cochrane Library, LILACS, ClinicalTrials.gov e ICTRP. Incluíram-se estudos clínicos, randomizados, revisões sistemáticas e metanálises publicados nos últimos cinco anos, envolvendo lactentes a termo alimentados com fórmulas enriquecidas com GOS/FOS, HMOs (especialmente 2’-FL), ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa (DHA e ARA), beta-palmitato e proteínas intactas. Resultados e Discussão: Dos 1.742 registros identificados, 25 estudos preencheram os critérios de inclusão. As combinações sinérgicas de prebióticos e HMOs promoveram melhora na consistência fecal e na modulação da microbiota, enquanto a adição de DHA/ARA e ácido palmítico na posição sn-2 mostrou benefícios neurocognitivos e gastrointestinais. A suplementação adequada de ferro, zinco e vitaminas reforçou o papel imunológico e o desenvolvimento saudável. Conclusão: A incorporação racional de nutrientes bioativos nas fórmulas infantis representa um avanço significativo na nutrição pediátrica, aproximando-se do perfil funcional do leite materno e promovendo desfechos clínicos mais favoráveis para lactentes que não podem ser amamentados.