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Efeitos Neuroprotetores do Canabidiol: Potencial Terapêutico nas Doenças de Alzheimer e Parkinson

O canabidiol (CBD), principal fitocanabinoide não psicoativo da Cannabis sativa, tem se destacado como um promissor agente neuroprotetor em doenças neurodegenerativas, especialmente na Doença de Alzheimer (DA) e na Doença de Parkinson (DP). Este estudo teve como objetivo analisar o potencial terapêutico do CBD nessas patologias por meio de uma revisão integrativa da literatura recente, reunindo evidências provenientes de pesquisas experimentais e clínicas que investigam seus efeitos sobre sintomas cognitivos e comportamentais. Os estudos pré-clínicos demonstram que o CBD exerce ações anti- inflamatórias, antioxidantes e moduladoras de vias relacionadas à excitotoxicidade e à agregação proteica, processos fundamentais na fisiopatologia da DA e da DP. Na DA, observa-se redução da formação de β-amiloide e tau hiperfosforilada, modulação da ativação microglial e aumento da expressão de fatores neurotróficos, resultando em melhora cognitiva e preservação sináptica. Na DP, o CBD protege neurônios dopaminérgicos contra apoptose, diminui a agregação de α-sinucleína e atenua a neuroinflamação, promovendo melhora motora e cognitiva em modelos animais. Esses efeitos decorrem da interação do composto com múltiplos alvos moleculares, incluindo receptores CB1, TRPV1 e PPAR-γ, além da modulação de vias como TLR4–NFκB e JAK–STAT. Apesar das evidências experimentais robustas, ainda não há ensaios clínicos controlados suficientes para confirmar sua eficácia e segurança em humanos. Assim, embora o CBD apresente potencial terapêutico relevante como agente neuroprotetor em doenças neurodegenerativas, seu uso clínico requer cautela e depende de estudos translacionais mais abrangentes.
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Efeitos Neuroprotetores do Canabidiol: Potencial Terapêutico nas Doenças de Alzheimer e Parkinson

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.34214252011

  • Palavras-chave: canabidiol; neuroproteção; doença de Alzheimer; doença de Parkinson; neuroinflamação.

  • Keywords: cannabidiol; neuroprotection; Alzheimer’s disease; Parkinson’s disease; neuroinflammation.

  • Abstract: Cannabidiol (CBD), the main non-psychoactive phytocannabinoid of Cannabis sativa, has emerged as a promising neuroprotective agent in neurodegenerative diseases, particularly Alzheimer’s disease (AD) and Parkinson’s disease (PD). This study aimed to analyze the therapeutic potential of CBD in these conditions through an integrative review of recent literature, compiling evidence from experimental and clinical research investigating its effects on cognitive and behavioral symptoms. Preclinical studies demonstrate that CBD exhibits anti-inflammatory, antioxidant, and modulatory actions on pathways related to excitotoxicity and protein aggregation, which are fundamental processes in the pathophysiology of AD and PD. In AD, CBD reduces β-amyloid deposition and hyperphosphorylated tau, modulates microglial activation, and enhances the expression of neurotrophic factors, resulting in cognitive improvement and synaptic preservation. In PD, CBD protects dopaminergic neurons against apoptosis, decreases α-synuclein aggregation, and attenuates neuroinflammation, promoting motor and cognitive improvements in animal models. These effects arise from the compound’s interaction with multiple molecular targets, including CB1, TRPV1, and PPAR-γ receptors, as well as the modulation of pathways such as TLR4–NFκB and JAK–STAT. Despite the robust experimental evidence, controlled clinical trials are still insufficient to confirm its efficacy and safety in humans. Therefore, although CBD presents significant therapeutic potential as a neuroprotective agent in neurodegenerative diseases, its clinical application requires caution and depends on more comprehensive translational studies.

  • Tiago Tizziani
  • Mariana da Silva Mendes
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