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capa do ebook Efeitos da narrativa fantástica: inquietante, estranho e metaempírico

Efeitos da narrativa fantástica: inquietante, estranho e metaempírico

Partindo da ideia de que a hesitação

do leitor é uma condição para o fantástico

Todorov elaborou um modelo sistêmico e

teórico que discute a posição do leitor e do

autor na construção de uma narrativa fantástica.

Na tentativa de conceituar o fantástico como

gênero literário esse teórico instituiu algumas

características que se aplicariam a todas as

narrativas, e a principal seria a hesitação, do

leitor ou da personagem. Reconhecendo o

caráter fundamental dessas noções de Todorov

para os estudos da literatura fantástica,

propomos neste trabalho uma problematização

da demarcação entre fantástico e maravilhoso

ao longo da história, buscando demonstrar

como a proposta de Todorov foi revisitada

pelos inúmeros estudiosos do fantástico, em

especial no tocante aos efeitos provocados

por essas narrativas: hesitação, inquietação,

estranhamento, angústia ou medo. Admitindo,

como acredita a maioria dos teóricos, que existe

diferença entre o fantástico, o maravilhoso e o

estranho, ressaltaremos como essa diferença

é melhor assinalada quando tomada na

perspectiva das questões socioculturais, ou

seja, para compreender a história narrada como

fantástica é necessário analisá-la dentro de um

contexto cultural, considerando que o elemento

insólito que irrompe da realidade causará

efeitos diversos dependendo do contexto e das

condições de produção, circulação e recepção

dos saberes vinculados. A discussão proposta

aqui também abarca a possibilidade de

ampliação do conceito de literatura fantástica,

tomando o entendimento do fantástico como

modo e não gênero. Portanto, para a análise

dos aspectos fantásticos será indispensável

os pressupostos teóricos de Todorov, Filipe

Furtado, David Roas, Italo Calvino e outros. 

 

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Efeitos da narrativa fantástica: inquietante, estranho e metaempírico

  • DOI: 10.22533/at.ed.3551927094

  • Palavras-chave: Fantastic; Marvelous; Hesitation.

  • Keywords: Fantastic; Marvelous; Hesitation.

  • Abstract:

    Assuming that reader hesitation is

    a condition to the fantastic, Todorov designed

    a theoretical and systemic approach that

    discusses about author and reader position

    in creating a fantastic narrative. On trying to

    conceptualize fantastic as a literary genre, the

    author set some characteristics that would fit

    to all narratives, having hesitation as the most

    important, either from the reader or from the

    character. Acknowledging the relevance of 

    Todorov’s notions to fantastic literature studies, we propose a reflection on the fantastic

    and marvelous borders throughout history, in order to demonstrate how Todorov’s

    concept was revisited by countless scholars that studies the fantastic, mainly by these

    narratives’ effects: hesitation, disquieting, estrangement, anguish or fear. Recognizing,

    as most scholars do, that there is a difference between fantastic, marvelous and

    strange, we are going to highlight how this difference is better noted when taken from

    socialcultural issues, that is, to understand a story as fantastic it is necessary to analyze

    it in a cultural context, considering that the insolit element that bouces into reality will

    cause multiple effects depending on the context and the creating conditions, circulation

    and reception of the connected knowleges. The discussion proposed in this article also

    covers the possibility of amplifing the Fantastic Literature notion. Therefore, to analyze

    the fantastic aspects, the theorectical assumptions of Todorov, Filipe Furtado, David

    Roas, Italo Calvino and others will be fundamental in this article. 

  • Número de páginas: 15

  • Lilian Lima Maciel
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