Introdução. A hipertensão arterial é uma condição clínica multifatorial que devido a sua magnitude, riscos e dificuldades no seu controle, é considerada um problema de saúde pública. A hidroterapia relaciona a prática de exercícios com os efeitos fisiológicos proporcionados pela água e se apresenta como uma forma alternativa para o tratamento e prevenção da hipertensão arterial. Objetivo. Revisar a literatura sobre o estado atual de conhecimento dos efeitos da realização de exercícios aquáticos na hipertensão arterial. Método. Trata-se de uma revisão integrativa, com busca ativa por artigos nas bases de dados Pubmed, Lilacs e Scielo, utilizando os descritores: “exercícios aquáticos”, “hipertensão arterial”, “imersão”, “pressão arterial”, “hipotensão pós-exercício” nos idiomas português e inglês entre 2008 e 2023. No total foram encontrados 56 artigos. Após leitura inicial, 49 foram excluídos por não atenderem os critérios de inclusão. Resultados. A qualidade dos 9 estudos selecionados foi avaliada pela escala Physiotherapy Evidence Database sendo a média do escore de 5. No total participaram nos 9 estudos 238 indivíduos, sendo 81,5% do sexo feminino e 66% de idosos. A maioria dos estudos (55%), realizaram a intervenção apenas em hipertensos comparando os efeitos dos exercícios realizados no solo e na água. As intervenções variaram entre sessões de hidroginástica, corrida em piscina funda, exercícios aeróbicos e exercícios resistidos na água. As avaliações envolveram na sua maioria mensuração da PA antes, durante e após as intervenções sendo citadas também a mensuração do volume de diurese, medidas antropométricas e aptidão cardiorrespiratória. Todos os estudos apontaram redução dos níveis da pressão arterial após as intervenções tanto de exercícios no solo quanto na água. O efeito hipotensor foi mais duradouro após os exercícios aquáticos em relação ao solo. Conclusão. Com base nos artigos analisados nesta revisão sugere-se que os exercícios aquáticos são efetivos no controle da hipertensão arterial e apresentam efeito hipotensor mais duradouro em relação a terapia no solo podendo ser considerados uma abordagem terapêutica para o tratamento da hipertensão arterial