Artigo - Atena Editora

Artigo

Baixe agora

Livros
capa do ebook E.E.Cummings e José Leonilson: o fazer poético entre o papel e a tela

E.E.Cummings e José Leonilson: o fazer poético entre o papel e a tela

O trabalho se propõe a observar a obra dos artistas E.E. Cummings e José Leonilson frente a uma possível “indefinição” do gênero poético. Deste modo tanto o fazer poético quanto o fazer artístico pictórico se aproximariam e se encontrariam em uma zona intermédia, na qual tanto a poesia quanto as artes plásticas dividiriam características similares a partir do uso da palavra e do uso da ilustração. Como se sabe, a lírica a partir da modernidade sofre rupturas, especialmente visuais e topográficas, frente à poética de Mallarmé. O uso de diferentes tipos de impressão, assim como o trabalho com o branco da página transcenderam a versificação linear de modo a colocar o poema em uma nova dimensão perspectiva (CAMPOS, 2015). Isto posto, buscar-se-á uma comparação entre o poema cummingsiano “l(a” (1958) e a tela de Leonilson “Todos os Rios” (1988). A partir de teorias da poesia como as propostas por Ezra Pound (1991) e pelos teóricos do Movimento de Poesia Concreta (1975), assim como a partir de Carpenter (1997), será analisado o poema “l(a”. Em seguida, será contraposto à tela de Leonilson, a partir da proposta de Ribeiro (2018), de uma possível leitura poética e narrativa da obra do artista plástico. A partir da comparação de ambas as obras, buscar-se-á observar como se comportam simultaneamente como textos poéticos e obras de arte visuais, seja a partir do talhamento do signo dentro do poema de modo que este adquira características icônicas, seja a partir das cores e imagens sobrepostas a sentenças.

Ler mais

E.E.Cummings e José Leonilson: o fazer poético entre o papel e a tela

  • DOI: 10.22533/at.ed.88521201211

  • Palavras-chave: E.E.Cummings. José Leonilson. Poesia. Poeticidade. Artes Visuais

  • Keywords: E.E.Cummings. José Leonilson. Poetry. Poeticity. Visual Arts

  • Abstract:

    This paper aims to observe works of E.E. Cummings and José Leonilson facing a possible “undefinition” of the poetic genre. In this sense, both the poetic and the pictorial making would come closer and reach an intermediate zone in which both poetry and the visual arts would share similar characteristics based on the use of words and drawing. As is well known, lyric poetry since Modernism starts to suffer ruptures, especially visual and typographical due to the poetry of Mallarmé. The use of different types of printing and the work with the blank space of the page go beyond the linear versification, and put the poem in a new perspective dimension (CAMPOS, 2015). Therefore, a comparison will be sought among the cummingsian poem “l(a” (1958) and Leonilson's canvas, “Todos os Rios” (1988). The poem “l(a” will be analyzed based on theories of Ezra Pound (1991), Carpenter (1997) and on the writings of the Brazilian Concrete Movement of Poetry (1975). After that, Leonilson's canvas will be opposed to the poem and analyzed based on Ribeiro’s (2018) proposition of a possible poetic reading of the painting. From the comparison of both works, it will be sought to observe how they behave simultaneously as poetic texts and visual artworks, whether from the iconic characteristics that the sign acquires inside the poem, or from the colors and images superimposed on poetic sentences.

  • Número de páginas: 15

  • Laura Moreira Teixeira
Fale conosco Whatsapp