Educação Popular, Economia Solidária e Empoderamento Feminino
Este trabalho pretende abordar
uma tendência na atualidade em refletir sobre
feminilidades, que ao longo das últimas décadas
foram emergindo de acordo com identidades
diferenciadas de mulheres e homens
identificados por marcadores de gênero, classe
sociais, raça, sexualidade e idades. Aborda-se
sua relação com a economia solidária que aliada
à educação popular constituem-se em estratégia
para se romper com a lógica capitalista, ao
se oporem à exploração do trabalho e dos
recursos naturais, considerar o ser humano na
sua integridade como sujeito e finalidade da
atividade econômica. Em tempos denominados
de pós-modernidade, uma pessoa pode ser
compreendida como um amálgama de vários
traços de identidade que a compõem. Viver nesta
sociedade implica em aceitar e reconhecer a
pluralidade de suas manifestações. A economia
global segue produzindo uma desigualdade
crescente e, como identificamos, cada vez
mais gerando populações consideradas
dispensáveis, supérfluas. Em outra vertente
histórica se encontra a economia solidária
como política pública que busca estabelecer
outro paradigma societário por meio de seus
princípios, tais como, autogestão, propriedade
coletiva dos meios de produção, distribuição
equitativa dos resultados do trabalho entre os
integrantes do empreendimento, relações de
cooperação e solidariedade, cuidado com o
ambiente e responsabilidade com o entorno
social. Ou seja, esta outra economia busca um
modo humano de estar no mundo, do viver a
condição de homem e mulher na produção de
suas existências. Trata-se de uma abordagem
bibliográfica cuja expetativa é problematizar a
condição atual de ser homem e mulher numa
sociedade demarcada por relações de gênero
assimétricas, mas contraditoriamente, pela
busca de empoderamento e emancipação
social de mulheres. Espera-se que esta reflexão
potencialize a consciência do protagonismo de
mulheres, da potência da economia solidária e
da educação popular na conquista da equidade
social e de gênero.
Educação Popular, Economia Solidária e Empoderamento Feminino
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DOI: 10.22533/at.ed.6451927098
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Palavras-chave: Economia Solidária, Educação Popular, Feminismo.
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Keywords: Solidary Economy, Popular Education, Feminism.
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Abstract:
This work intends to address a current tendency to reflect on femininities,
which over the last decades have emerged according to the differentiated identities
of women and men identified by markers of gender, social class, race, sexuality and
ages. Its relationship with the solidarity economy is analyzed, which together with
popular education constitute a strategy to break with the capitalist logic, when opposing
the exploitation of labor and natural resources, to consider the human being in its
integrity as subject and purpose of economic activity. In so-called postmodern times,
a person can be understood as an amalgam of the various traits of identity that make
up the person. Living in this society implies accepting and recognizing the plurality
of its manifestations. The global economy continues to produce increasing inequality
and, as we have identified, increasingly generating populations that are considered
dispensable, superfluous. In another historical aspect, solidarity economy is a public
policy that seeks to establish another societal paradigm through its principles, such
as self-management, collective ownership of the means of production, equitable
distribution of work results among the members of the enterprises, relations of
cooperation and solidarity, caring for the environment and responsibility towards the
social environment. That is, this other economy seeks a human way of being in the
world, of living the condition of man and woman in the production of their existences.
It is a bibliographical approach whose aim is to problematize the current condition of
being a man and woman in a society demarcated by asymmetrical gender relations,
but contradictorily, by the search for empowerment and social emancipation of women.
It is hoped that this reflection will strengthen the awareness of the protagonism of
women, the power of solidarity economy and popular education in the achievement of
social and gender equity.
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Número de páginas: 15
- Elisângela de Oliveira Fontoura
- Geraldo Augusto Locks
- João Eduardo Branco de Melo