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capa do ebook Educação Medicalizada: A Insensibilidade Da Escola Diante Do Corpo Ativo

Educação Medicalizada: A Insensibilidade Da Escola Diante Do Corpo Ativo

A domesticação do corpo a partir da disciplina é visível nos espaços escolares. Uma rede de dominação sustentada por gestores, professores, psicólogos, psicopedagogos, psiquiatras e Estado promove a criação de “sujeitos passivos” e obedientes. Renega-se ao corpo a fala corpórea, sonora e gestual em nome de um conceito confuso e duvidoso de produtividade e disciplina. Este ensaio tem como objetivo provocar reflexões acerca das temáticas: disciplina e corpo na sala de aula. A escola, numa sociedade de classes, organizada a partir dos interesses do capital, dificulta o acesso, permanência e garantia de sucesso às crianças das classes populares. Utilizando da medicalização e outras formas de dominação do corpo como ferramenta para obtenção de uma sociedade acrítica, passiva, a escola tem, juntamente com a Psicologia e a Medicina, produzido o fracasso e sofrimento. A instituição escolar continua sendo uma das mais eficazes ferramentas disciplinadora do povo, a serviço de pequenos grupos elitistas. No presente texto, partimos de revisão bibliográfica, observações e análise dos relatórios de Estágio Curricular Obrigatório do Curso de Pedagogia da Universidade Federal de Rondônia, campus de Vilhena para refletir sobre a temática. A partir de uma escola deficiente e excludente nota-se, por parte de alguns profissionais da educação, uma transposição de responsabilidades, que sai do campo social partindo para a o individual. A escola tem, a nosso ver, estado a serviço do capital e de uma sociedade disciplinar, quando culpabiliza o aluno e se isenta de seu compromisso pedagógico e social de garantia de educação para todos.

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Educação Medicalizada: A Insensibilidade Da Escola Diante Do Corpo Ativo

  • Palavras-chave: Corpo. Escola. Disciplina. Estágio Curricular.

  • Keywords: Body. School. Subject. Curricular stage.

  • Abstract:

    The domestication of the body through discipline is visible in school spaces. A network of domination sustained by directors, teachers, psychologists, psychopedagogues, psychiatrists and the state promotes the creation of “passive and obedient subjects”. The body is denied body, sound and gesture speech in the name of a confused and doubtful concept of productivity and discipline. This article aims to provoke reflections on the themes: discipline and body in the classroom. School, in a class society, organized from the interests of capital, makes it difficult for children of the popular classes to access, stay and guarantee success. Using medicalization and other forms of body domination as a tool for obtaining a passive, uncritical society, the school has, together with psychology and medicine, produced failure and suffering. The school institution remains one of the most effective disciplining tools of the people, serving small elitist groups. In the present text, we start from a literature review, observations and analysis of the reports of the Compulsory Curricular Internship of the Pedagogy Course of the Federal University of Rondônia, Vilhena campus to reflect on the subject. From a deficient and exclusionary school, some education professionals, a transposition of responsibilities, which leaves the social field leaving for the individual, note it. The school has, in our view, been at the service of capital and a disciplinary society, when it blames the student and disclaims its pedagogical and social commitment to guarantee education for all.

  • Número de páginas: 13

  • Kelly Jessie Queiroz Penafiel
  • Sylvia Pillar Oliveira de Tassis Frasson
  • Andressa Rodrigues Mota
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