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capa do ebook EDUCAÇÃO E PODER: O PAPEL DO INTÉRPRETE DE LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS NAS DISPUTAS SIMBÓLICAS PELA DEFINIÇÃO DE SURDEZ

EDUCAÇÃO E PODER: O PAPEL DO INTÉRPRETE DE LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS NAS DISPUTAS SIMBÓLICAS PELA DEFINIÇÃO DE SURDEZ

Na visão de Pierre Bourdie, a escola

é um instrumento excludente de perpetuação

das diferenças e reprodução de desigualdades,

através do poder simbólico: a capacidade de

constituir pela enunciação, de fazer ver e fazer

crer. Esta pesquisa pretende analisar o papel

do tradutor-intérprete de Lingua Brasileira de

Sinais (TILS) nas disputas simbólicas sobre

a definição de surdez que ocorrem no âmbito

educacional. O trabalho foi baseado nas obras

de Arroyo(2012), Bourdieu (1975, 1989),

Foucault (2013), Hauser et al. (2010), Perlin

(2006), Sá (2006), Sassaki (1997), Skliar

(1997), Strobel (2006) e Wrigley (1996). A

concepção acerca da surdez - clínico-patológica

ou socioantropológica - determina a forma com

que surgem e são efetivadas as metodologias

de ensino. A forma com que o tradutor entende,

eticamente, seu trabalho, irá influenciar no ato

da tradução. Portanto, o intérprete é mediador

da cultura, língua, políticas e identidade surda.

Neste sentido, a função do TILS vai além da mera

transcrição de palavras, adentrando o campo

das relações poder e disputas simbólicas. Na

visão de Pierre Bourdie, a sociedade legitima

a exclusão e o fracasso escolar com base em

um falso discurso de meritrocacia da educação.

Conclui-se que, para o surdo, a disputa simbólica

consiste em exigir o respeito da sua cultura e

lutar por uma educação adequada. O intérprete

precisa ser neutro no ato da tradução, mas não

em relação aos embates simbólicos e disputas

de poder, devendo agir em prol da real inclusão

de pessoas Surdas.

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EDUCAÇÃO E PODER: O PAPEL DO INTÉRPRETE DE LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS NAS DISPUTAS SIMBÓLICAS PELA DEFINIÇÃO DE SURDEZ

  • DOI: 10.22533/at.ed.05519091023

  • Palavras-chave: poder simbólico, educação, surdez, intérprete de LIBRAS.

  • Keywords: symbolic power, education, deafness, sign language interpreter

  • Abstract:

    In Pierre Bourdie’s view, school

    is an excluding instrument of perpetuating

    differences and reproducing inequalities through

    symbolic power: the ability to constitute by

    enunciation, to make see and to make believe.

    This research intends to analyze the role of the

    sign language translator( TILS) in the symbolic

    contest about the definition of deafness that

    occur in the educational scope. The research

    was based on the works of Arroyo (2012),

    Bourdieu (1975, 1989), Foucault (2013), Hauser

    et al. (2006), Sá (2006), Sassaki (1997), Skliar

    (1997), Strobel (2006) and Wrigley (1996). The

    conception about deafness - clinical-pathological

    or socioanthropological - determines the way in which the teaching methodologies

    arise and are take effect. The way in which the translator ethically understands his work

    will influence the act of translation. Therefore, the interpreter is a mediator of culture,

    language, politics and deaf identity. In this sense, the function of TILS goes beyond

    the mere transcription of words, entering the field of power relations and symbolic

    contests. In Pierre Bourdie’s view, society legitimizes school exclusion and failure on

    the basis of a false merit of education. It is concluded that, for the deaf, the symbolic

    contest consists in demanding respect for their culture and striving for an adequate

    education. The interpreter must be neutral in the act of translation, but not in relation to

    the symbolic clashes and disputes of power, and must act for the real inclusion of Deaf

    people.

  • Número de páginas: 15

  • Elder Freitas Cunha
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