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EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO EXPRESSÃO DE RESISTÊNCIA CULTURAL INDÍGENA

Utilizando uma metodologia qualitativa fundamentada na fenomenologia de Merleau-Ponty e na etnografia interpretativa de Geertz, o estudo investiga como as crianças Boe vivenciam e percebem a natureza em seu cotidiano. A pesquisa busca compreender como essas vivências podem inspirar práticas educativas ambientalmente sustentáveis e contribuir para uma educação ambiental crítica e transformadora, baseada na interdependência com o ambiente e no respeito às diversas formas de vida. A pesquisa está sendo realizada na Terra Indígena Tadarimana em Rondonópolis, Mato Grosso. A pesquisa discute a educação escolar indígena, focando na relação criança Boe e natureza, destacando a importância da educação ambiental para comunidades indígenas. Ao contrário do modelo educacional eurocêntrico imposto historicamente, as práticas indígenas promovem uma conexão profunda com a natureza, construída a partir das cosmovisões que valorizam o pertencimento e o respeito ao ambiente. Como observado por autores como Brandão, Baniwa, Tiriba e Guimarães, a educação indígena vai além da sala de aula, ocorrendo em diversos contextos e integrando as crianças à natureza de forma intrínseca. Essa abordagem resiste à marginalização colonial, que historicamente tenta suprimir os conhecimentos indígenas e suas práticas educativas. Além disso, a pesquisa problematiza a violência ambiental e suas consequências para os povos indígenas, afetados pela exploração de seus territórios, muitas vezes por interesses econômicos. Esse tipo de violência ameaça a biodiversidade e a vida das comunidades, intensificando desigualdades sociais. Em resposta a essas ameaças, comunidades indígenas reafirmam suas práticas e lutam pela inclusão de seus direitos educativos e ambientais nas políticas públicas.
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EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO EXPRESSÃO DE RESISTÊNCIA CULTURAL INDÍGENA

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.6651625210512

  • Palavras-chave: Educação ambiental, Educação escolar indígena, Criança, Natureza, Cosmovisão Boe.

  • Keywords: Environmental education, Indigenous school education, Children, Nature, Boe worldview.

  • Abstract: Using a qualitative methodology based on Merleau-Ponty's phenomenology and Geertz's interpretative ethnography, the study investigates how Boe children experience and perceive nature in their daily lives. The research seeks to understand how these experiences can inspire environmentally sustainable educational practices and contribute to a critical and transformative environmental education, based on interdependence with the environment and respect for diverse forms of life. The research is being conducted in the Tadarimana Indigenous Land in Rondonópolis, Mato Grosso. The research discusses indigenous school education, focusing on the relationship between Boe children and nature, highlighting the importance of environmental education for indigenous communities. Contrary to the historically imposed Eurocentric educational model, indigenous practices promote a deep connection with nature, built from worldviews that value belonging and respect for the environment. As noted by authors such as Brandão, Baniwa, Tiriba and Guimarães, indigenous education goes beyond the classroom, occurring in diverse contexts and integrating children with nature in an intrinsic way. This approach resists colonial marginalization, which has historically attempted to suppress indigenous knowledge and educational practices. In addition, the research problematizes environmental violence and its consequences for indigenous peoples, who are affected by the exploitation of their territories, often for economic interests. This type of violence threatens biodiversity and the lives of communities, intensifying social inequalities. In response to these threats, indigenous communities reaffirm their practices and fight for the inclusion of their educational and environmental rights in public policies.

  • Évy Thaynne dos Anjos Souza
  • Rosenir da Conceição Rocha
  • Regina Aparecida da Silva
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