Artigo - Atena Editora

Artigo

Baixe agora

Livros

Ecossistemas Agtech no Brasil: localização, caracterização e atores envolvidos

Objetivo: A partir de 2010, a sigla Agtech, que se refere à expressão “tecnologia agrícola”, vem sendo utilizada para nomear empresas nascentes de base tecnológica agrícola atuando em diversos campos, como biotecnologia, internet das coisas, inteligência artificial e plataformas para comercialização. O termo também é empregado para caracterizar um novo setor econômico emergente com potencial para transformar o setor agropecuário, incrementando a produtividade e reduzindo custos ambientais e sociais. O termo Agtech também vem sendo associado à aplicação da recente abordagem de ecossistemas de inovação ao contexto agropecuário. As startups Agtech têm importante papel neste ambiente, interagindo com produtores agropecuários, Instituições de Ensino, Centros de Pesquisa, investidores, grandes empresas e organizações de apoio à inovação para gerar novas tecnologias e modelos de negócios disruptivos. Alguns países são conhecidos por seus ecossistemas Agtech como: Estados Unidos, Israel, Austrália, Canadá e China. No Brasil, vários ecossistemas Agtech coexistem, com diferentes níveis de organização, maturidade e resultados. Municípios como Piracicaba (SP), Cuiabá (MT) e Londrina (PR) vem se destacando e outros locais apresentam grande potencial de desenvolvimento. Este trabalho mapeou os principais ecossistemas de inovação agrícola no Brasil, caracterizando-os e identificando os atores que deles participam. Metodologia: Abordagem exploratória e qualitativa. Resultados alcançados: O artigo apresenta um panorama sobre os ecossistemas de inovação agropecuária no Brasil e suas características, considerando as 5 regiões do país. Estudos preliminares indicam que cerca de 90% das startups Agtech estão localizadas nos estados do Sul e Sudeste, e mais da metade está situada no Estado de São Paulo. O estudo também identificou ecossistemas agtechs nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que possuem grande potencial para promover o desenvolvimento regional. Limitações práticas: Alguns desafios existentes são a inexistência de informações organizadas sobre os ecossistemas bem como a grande acelerada do ciclo de vida das startups. Impactos na sociedade: A significância da agropecuária na economia brasileira e o seu histórico de resultados positivos na adoção de novas tecnologias, reforçam uma expectativa de grande potencial de negócios para startups Agtech no país e, neste contexto, um mapeamento dos ecossistemas existentes pode contribuir para seu fortalecimento. Originalidade do trabalho: Os estudos acadêmicos encontrados abordam localidades específicas ou abordagens nacionais, ou então não especificam atores de inovação com foco em agropecuária. Esta pesquisa se destaca ao apresentar um panorama dos principais ecossistemas Agtech brasileiros e oferecer uma análise macro que pode contribuir para apoiar políticas públicas de fomento ao empreendedorismo e à inovação.
Ler mais

Ecossistemas Agtech no Brasil: localização, caracterização e atores envolvidos

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.8482503042

  • Palavras-chave: ecossistemas de inovação; agtech; agropecuária; inovação; startups.

  • Keywords: innovation ecosystems; agtech; agriculture; innovation; startups.

  • Abstract: Objective: From 2010 on, the acronym Agtech, which refers to the expression "agricultural technology", has been used to name agricultural technology based startups operating in various fields, such as biotechnology, internet of things, artificial intelligence and marketing platforms. The term is also used to characterize a new emerging economic sector with potential to transform the agricultural sector, increasing productivity and reducing environmental and social costs. The term Agtech has also been associated with the application of the recent approach of innovation ecosystems to the agricultural context. Agtech startups play an important role in this environment, interacting with agricultural producers, educational institutions, research centers, investors, large companies and innovation support organizations to generate new technologies and disruptive business models. Some countries are known for their Agtech ecosystems such as the United States, Israel, Australia, Canada and China. In Brazil, several Agtech ecosystems coexist, with different levels of organization, maturity and results. Municipalities such as Piracicaba (SP), Cuiabá (MT) and Londrina (PR) have been highlighting and other places have great potential for development. This work mapped the main agricultural innovation ecosystems in Brazil, characterizing them and identifying the actors that participate in them. Methodology: Exploratory and qualitative approach. Results: The article presents an overview of the agricultural innovation ecosystems in Brazil and its characteristics, considering the 5 regions of the country. Preliminary studies indicate that about 90% of Agtech startups are located in the southern and southeastern states, and more than half are in the state of São Paulo. The study also identified agtechs ecosystems in the North, Northeast and Center-West regions, which have great potential to promote regional development. Practical limitations: Some existing challenges are the lack of organized information on ecosystems as well as the rapid acceleration of the startup life cycle. Impacts: The significance of farming in the Brazilian economy and its positive track record in adopting new technologies reinforce an expectation of great business potential for Agtech startups in the country. In this context, mapping existing agtech ecosystems can contribute to their strengthening. Originality: The academic studies found address specific localities or national approaches, or do not specify innovation actors focused on agriculture. This research stands out by presenting an overview of the main agtech Brazilian ecosystems and offering a macro analysis that can contribute to support public policies to foster entrepreneurship and innovation.

  • Martha Delphino Bambini
  • Maria Beatriz Machado Bonacelli
Fale conosco Whatsapp