Economia solidária: economia de mulher?
Iniciativas de geração de renda e
participação cidadã associadas à Economia
Solidária tem demonstrado há alguns anos
a importância de associações e redes como
essa no tocante a minimização da pobreza,
especialmente no restabelecimento de laços
de proteção entre indivíduos e comunidades.
Um dado relevante sobre essas experiências
é a grande participação de mulheres,
especialmente nos Clubes de Troca; o que
desafia de imediato, a manter-se um referencial
analítico gendrificado. Originados na década
de 1990 na Argentina e presentes em diversas
regiões do país, no Paraná encontram-se
articulados na Rede Pinhão de Clubes de
Troca, base para os estudos empíricos do
presente trabalho. Há diferentes discursos em
construção em torno da Economia solidária
que refletem concepções distintas quanto ao
papel e aos impactos esperados das iniciativas.
Procuramos problematizar, frente à diversidade
de abordagens, o papel secundário atribuído a
Economia Solidária e ao trabalho produzido por
mulheres junto aos estudos clássicos e quiçá
junto a determinados setores do movimento
social.
Economia solidária: economia de mulher?
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DOI: 10.22533/at.ed.09619060912
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Palavras-chave: economia solidária; gênero; mulher; trabalho.
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Keywords: solidarity economy, gender, woman, work
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Abstract:
Initiatives to generate income and
citizen participation associated with the Solidarity
Economy have demonstrated for some years the
importance of such associations and networks
in terms of minimizing poverty, especially in the
restoration of protection ties between individuals
and communities. A relevant fact about these
experiences is the great participation of
women, especially in the Exchange Clubs;
which immediately defies the maintenance of
a gendrified analytical framework. Originated in
the 1990s in Argentina and present in several
regions of the country, in Paraná are articulated
in the Pinhão Network of Exchange Clubs,
base for the empirical studies of the present
work. There are different discourses under
construction around the Solidarity Economy that
reflect different conceptions about the role and
the expected impacts of the initiatives. We try
to problematize the secondary role attributed to
the Solidarity Economy and the work produced
by women in the classical studies, and perhaps
in certain sectors of the social movement.
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Número de páginas: 15
- Maria Izabel Machado