E SE A COMPREENSÃO HABITAR AS NOSSAS RESPONSABILIDADES? ESCRITAS SOBRE AUTO-ÉTICA E ESCOLA EM TEMPOS DE CRISE
A Declaração Universal dos Direitos
Humanos aparece como uma afirmação da
vida nesses tempos de crise; uma necessidade
humana de se organizar em tempos de
oscilações da ética da responsabilidade
(MORIN, 2007). Em meio a um ensaio sobre a
igualdade de todos perante a lei e a convivência
ética com as diferenças no cotidiano escolar,
vemos a responsabilidade com uma categoria
a ser analisada, potencializada e experienciada
de formas outras na escola, uma vez que as
referências éticas nas relações escolares
expressadas sob Estado de Direito vem se
mostrando sob o guante de uma porosidade, ou
mesmo, para os menos otimistas, a falta dela.
Neste esteio complexo que são as relações no
cotidiano escolar, estes manuscritos sinalizam
que “o problema ético central, para cada indivíduo
é o da sua barbárie interior” (MORIN, 2007, p.
93) em meio a responsabilidade transitória que
nos toca em nosso cotidiano em diversos casos
(OGIEN, 1999). Perguntamos que sentidos e
significados da noção ética de responsabilidade
temos experienciado na escola atual em
meio as normalizações, direitos humanos e
a autonomia relativa que estamos imersos?
Nossa responsabilidade individual e social se
forja na e com a historicidade. Se a escola possui
raízes fortes da Modernidade, ela também nos
mostra um misto de “improvável, possibilidades
criadoras e de uma metamorfose” (VEVERET,
2013, p. 31). Embora nos encontramos em
meio um caos (MORIN, 2013), a metamorfose
também se faz presente, mostrando que é
possível uma noção de responsabilidade mais
complexa neste mesmo presente
E SE A COMPREENSÃO HABITAR AS NOSSAS RESPONSABILIDADES? ESCRITAS SOBRE AUTO-ÉTICA E ESCOLA EM TEMPOS DE CRISE
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DOI: 10.22533/at.ed.9141903095
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Palavras-chave: Responsabilidade; Escola; Complexidade; Ética da compreensão.
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Keywords: Responsibility; School; Complexity; Ethics of understanding.
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Abstract:
The Universal Declaration of
Human Rights appears as an affirmation of
life in these times of crisis; a human need to
organize in times of oscillations of the ethics of
responsibility (MORIN, 2007). In the midst of
an essay on equality of all before the law and
ethical coexistence with differences in school
everyday, we see responsibility as a category to
be analyzed, potentialized and experienced in
other ways in school, since the ethical references
in the school relations expressed under the
rule of law has been shown under the glove of
a porosity, or even, for the less optimistic, the
lack of it. In this complex mainstay of everyday school relations, these manuscripts
signal that “the central ethical problem for each individual is that of their inner barbarity”
(MORIN, 2007, 93), amid the transient responsibility that touches us in our in several
cases (OGIEN, 1999). We ask what meanings and meanings of the ethical notion
of responsibility have we experienced in the present school amid the normalizations,
human rights and relative autonomy that we are immersed in? Our individual and
social responsibility is forged in and with historicity. If the school has strong roots
in Modernity, it also shows us a mixture of “improbable, creative possibilities and a
metamorphosis” (Vevert, 2013, 31). Although we find ourselves in a chaos (MORIN,
2013), the metamorphosis is also present, showing that a more complex notion of
responsibility is possible in the present.
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Número de páginas: 15
- Alan Willian de Jesus