“E nós somos o quê?”: razões e formas de organização da Associação de Terreiros de Religião e Cultura de Matriz Africana (ASTERCMA) em Imperatriz-MA
Este artigo tem como objetivo conhecer as razões que motivaram a fundação da Associação de Terreiros de Religião e Cultura de Matriz Africana de Imperatriz-MA (ASTERCMA) e busca saber como essa associação organiza a resistência dos povos de terreiros em Imperatriz. A fim de alcançar tal objetivo passei por pontos considerados indispensáveis para a estruturação desse trabalho que são: um breve percurso histórico sobre as religiões afro-brasileiras, apontando informações sobre a presença dessas religiões no Maranhão, bem como na cidade de Imperatriz para, por fim, falar da ASTERCMA. Para tanto busquei participar de momentos coletivos como a Primeira Audiência Pública dos Povos de Terreiros realizada na Câmara Municipal de Imperatriz (11/11/2021), fiz entrevistas e conversas informais com a presidência da associação, coleta de alguns documentos e participei de grupos de WhatsApp. Teoricamente, aponto alguns autores importantes para pensar as religiões afro-brasileiras como Reginaldo Prandi, Sérgio Ferretti, bem como autores locais que já escreveram sobre a Umbanda de Imperatriz e tendo em vista esse movimento dos povos de terreiros ou povos subalternizados, dialogo com autores da Teoria dos Movimentos Sociais como James Scott, e Enrico Paternostro Bueno da Silva. Alguns apontamentos conclusivos mostram que a ASTERCMA se mobiliza desde a organização de seus eventos públicos em lugares de maior notoriedade, articula programações com a presença de autoridades políticas e da universidade, subvertendo assim a invisibilidade que é imposta aos povos de terreiros.
“E nós somos o quê?”: razões e formas de organização da Associação de Terreiros de Religião e Cultura de Matriz Africana (ASTERCMA) em Imperatriz-MA
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DOI: 10.22533/at.ed.81623250412
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Palavras-chave: ASTERCMA. Povos de Terreiros. Umbanda. Movimentos Sociais. Imperatriz-MA.
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Keywords: -----------------------------------------------------------------------------------
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Abstract:
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- Polyana Almeida Frota
- ROGÉRIO DE CARVALHO VERAS