Atualmente, o êxodo rural ainda determina expressividade advinda da degradação das pequenas propriedades, poucos incentivos do poder público e hostilidade cultural a quem permanece com raízes marcadas pelo trabalho no campo. Assim, esses grupos ainda no meio rural sentem-se mergulhados em angústias e incertezas, além de vistos pela ótica do “Jeca Tatu” de Monteiro Lobato, distantes da qualidade de vida, educação, saúde, lazer, habitação e emprego. Diante dessa problemática, o objetivo deste trabalho foi analisar a influência do êxodo rural para o surgimento de uma comunidade de periferia instalada às margens do Rio do Peixe. Assim, efetuou-se análise documental por meio dos registros realizados no estudo “O Saneamento básico na saúde das famílias de um município do centro-oeste catarinense” desenvolvido pela própria pesquisadora no ano de 2013 na Universidade Federal de Santa Catarina. Ressalta-se que foram realizadas visitas a campo e nova coleta de dados por meio de questionários para posterior análise, o que contribui para a resultante do estudo, ao que se refere à integração do homem do campo no âmbito urbano, e a falta de planejamento do poder público a fim de enfrentar tal fenômeno social e minimizar a crescente evolução da periferia no meio urbano.