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capa do ebook DO EXCESSO DE IMAGENS AO ESVAZIAMENTO DA MENTE

DO EXCESSO DE IMAGENS AO ESVAZIAMENTO DA MENTE

Esse artigo tenta aproximar a

teoria semiótica de Peirce da filosofia budista

tibetana, partindo da compreensão da

contemporaneidade como um fabuloso sistema

de signos que nos aprisiona ao Samsara,

conceito oriental que pode ser entendido, em

última instância, como a civilização da imagem.

O império dos signos e no que eles influenciam

para um modo de estar no mundo mediado

pela sua co-existência cria a sociedade do

espetáculo. A invenção de um mundo, a partir

da identificação da mente com as imagens e

representações de uma contemporaneidade

cada vez mais capturada por tudo que nos

rodeia, afinal, o signo está em tudo é o que nos

provoca a análise. Pela percepção das coisas

também se gera alterações de efeito. Através

da estética, a lógica provoca emoções e vincula

cada vez mais o sujeito ao enredamento da

existência mediada, onde o acesso à consciência

iluminada seria resultado do treinamento da

mente para se ater à primeiridade, mantida

no tempo presente, o que poderia ser lido, no

pensamento budista como a vacuidade. O que

é anterior à percepção, a essência da mente;

a ausência de existência inerente do eu e dos

fenômenos. Segundo ensinamentos do Buda,

qualquer experiência é uma aparência que

surge da infinita possibilidade da vacuidade.

Assim como surgem – por efeito dos três níveis

de compreensão, em Peirce: o das puras

qualidades, o do reconhecimento das coisas

e o da elaboração em ideia – é possível que

se esvaiam, através do senso de abertura

vivenciado quando se repousa a mente no aqui

e agora.

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DO EXCESSO DE IMAGENS AO ESVAZIAMENTO DA MENTE

  • DOI: 10.22533/at.ed.0361928039

  • Palavras-chave: Imagens, Indústria Cultural, Mente, Budismo, Signo

  • Keywords: Images, Cultural Industry, Mind, Buddhism, Sign

  • Abstract:

    This article attempts to

    approximate Peirce’s semiotic theory of

    Tibetan Buddhist philosophy, starting from the

    understanding of contemporaneity as a fabulous

    system of signs that imprisons us to Samsara,

    an oriental concept that can be understood,

    ultimately, as the civilization of the image. The

    empire of signs and in what they influence to a

    way of being in the world mediated by their coexistence

    creates the society of the spectacle.

    The invention of a world, from the identification

    of the mind with the images and representations

    of a contemporaneity increasingly captured by

    everything around us, after all, the sign is in

    everything is what provokes us the analysis.

    Perception of things also produces changes

    in effect. Through aesthetics, logic provokes

    emotions and binds the subject more and more

    to the entanglement of mediated existence, where access to enlightened consciousness

    would result from the training of the mind to stick to the primeness, maintained in

    the present tense, which could be read, in Buddhist thought as emptiness. What is

    prior to perception, the essence of mind; the absence of inherent existence of self

    and phenomena. According to Buddha’s teachings, any experience is an appearance

    that arises from the infinite possibility of emptiness. Just as they arise-as a result of

    the three levels of understanding in Peirce: that of pure qualities, that of recognition

    of things, and of elaboration into idea-it is possible to escape through the sense of

    openness experienced when the mind rests in the here and now.

  • Número de páginas: 15

  • sophia midian bagues dos santos
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