Divisão sexual do trabalho no campo: da invisibilidade à resistência
No mundo rural, em que traços
de patriarcalismo ainda se encontram, o
trabalho feminino é por vezes invisibilizado.
No contexto da agricultura familiar é o
homem/marido, ainda, o principal detentor do
lucro que advém das atividades produtivas,
enquanto a mulher/esposa, apesar de
participar ativamente dessas atividades, não
usufrui igualitariamente dessa renda, sendo
o seu trabalho, além disso, menosprezado ou
ainda caracterizado enquanto “ajuda”. Esta
proposta tem como principal objetivo refletir
brevemente acerca da divisão sexual do
trabalho no campo e apresentar algumas das
técnicas de resistências que são desenvolvidas
pelas mulheres rurais, para obterem um ganho
que seja, de fato, administrado por elas, para
assim, conquistarem uma maior autonomia.
O reconhecimento do trabalho das mulheres
é um entrave enfrentado, até hoje, pelos
movimentos feministas. Esse reconhecimento
é uma ferramenta fundamental para que haja
uma diminuição das desigualdades de gênero.
Divisão sexual do trabalho no campo: da invisibilidade à resistência
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DOI: 10.22533/at.ed.61419300917
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Palavras-chave: mulheres; divisão sexual do trabalho; campo;
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Keywords: women; sexual division of labor; countryside;
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Abstract:
In the rural world, where traces
of patriarchalism are still found, women’s work
is sometimes invisible. In the context of family
agriculture, the man / husband still is the main
owner of the profit that comes from productive
activities, while the woman/wife, although
actively participating in these activities, does
not enjoy this income equally, disparaged or
even characterized as “aid”. This proposal
has as main objective to reflect briefly on the
sexual division of labor in the countryside and to
present some of the resistance techniques that
are developed by the rural women, to obtain a
gain that is in fact administered by them, in order
to conquer a greater autonomy. Recognition of
the work of women is an obstacle faced, until
now, by feminist movements. This recognition
is a fundamental tool for reducing gender
inequalities.
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Número de páginas: 15
- Maria Catarina Chitolina Zanini
- Renata Piecha