DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS CASOS CONFIRMADOS DA COVID-19 EM CRIANÇAS E DE HOSPITAIS PEDIÁTRICOS NO TERRITÓRIO BRASILEIRO
Existe uma escassez de estudos que abordem o novo coronavírus na população infantil no Brasil, principalmente no que se refere à distribuição espacial dos casos no território nacional. Objetivou-se com este estudo distribuir espacialmente os casos da COVID-19, em crianças no território brasileiro e também do número de hospitais pediátricos conveniados ao Sistema Único de Saúde para entender a acessibilidade de atendimento em casos mais graves. Para tanto, realizou-se um estudo epidemiológico, ecológico, de base territorial com a distribuição espacial dos casos confirmados e acumulados da COVID-19 entre crianças de 0 a 9 anos e dos hospitais pediátricos nos 26 estados brasileiros e o Distrito Federal. Os dados acerca do número de casos acumulados por estados foram coletados nos Boletins Epidemiológicos de cada território e o quantitativo de hospitais foi obtido através da Plataforma do Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde. Os números de casos de COVID-19 foram armazenados no ambiente de Sistema de Informação Geográfica, e então realizado à espacialização dos dados referentes aos casos do novo coronavírus e gerado um mapa coroplético. A distribuição do número de hospitais pediátricos deu-se por meio de uma camada vetorial de pontos, sobreposta, e em seguida, realizou-se a categorização por tamanho do ponto, em ordem crescente. Dos casos notificados de março a maio, 43,68% dos casos de COVID-19 eram de crianças de 0-9 anos, chamando atenção para o Norte, Centro-Oeste e Nordeste por apresentarem um maior índice. Foi possível identificar que a disposição territorial das unidades hospitalares ocorre de forma homogênea na maioria das regiões e que existe uma centralidade no Sudeste, entretanto não foi identificado hospitais pediátricos conveniados ao SUS no Amapá e Acre. A disposição destes resultados através dos mapas temáticos auxiliou na compreensão de como o novo coronavírus se distribuiu espacialmente no território brasileiro, na população infantil. O que possibilita se traçar ações pelos gestores da saúde pública visando priorizar as áreas de maior ocorrência dos casos.
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS CASOS CONFIRMADOS DA COVID-19 EM CRIANÇAS E DE HOSPITAIS PEDIÁTRICOS NO TERRITÓRIO BRASILEIRO
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DOI: 10.22533/at.ed.29020230913
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Palavras-chave: COVID-19. Distribuição espacial. Pediatria. Epidemiologia. Perfil de Saúde.
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Keywords: COVID-19. Spatial distribution. Pediatrics. Epidemiology. Health Profile.
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Abstract:
There is a scarcity of studies that address the new coronavirus in the child population in Brazil, especially with regard to the spatial distribution of cases in the national territory. The aim of this study was to spatially distribute the cases of COVID-19, in children in the Brazilian territory and also the number of pediatric hospitals associated with the Unified Health System to understand the accessibility of care in more severe cases. To this end, an epidemiological, ecological and territorial study was carried out with the spatial distribution of confirmed and accumulated cases of COVID-19 among children aged 0 to 9 years and from pediatric hospitals in the 26 Brazilian states and the Federal District. Data on the number of cases accumulated by states were collected in the Epidemiological Bulletins of each territory and the number of hospitals was obtained through the Platform of the National Registry of Health Establishment. The case numbers of COVID-19 were stored in the System environment. of Geographic Information, and then performed the spatialization of data referring to the cases of the new coronavirus and generated a choropleth map. The distribution of the number of pediatric hospitals was done through a vector layer of dots, superimposed, and then, the categorization by point size was performed, in ascending order. Of the cases notified from March to May, 43.68% of the cases of COVID-19 were children aged 0-9 years, drawing attention to the North, Midwest and Northeast because they had a higher rate. It was possible to identify that the territorial disposition of hospital units occurs homogeneously in most regions and that there is a centrality in the Southeast, however, pediatric hospitals associated with SUS in Amapá and Acre were not identified. The availability of these results through thematic maps helped to understand how the new coronavirus was spatially distributed in the Brazilian territory, in the child population. What makes it possible to outline actions by public health managers in order to prioritize the areas with the highest occurrence of cases.
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Número de páginas: 13
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