Este trabalho tem como objetivo apresentar uma proposta de produção de um mapa interativo sobre a presença cabocla na região do Contestado. A marginalização da história e da cultura cabocla no âmbito da narrativa oficial do Estado de Santa Catarina dificultou a preservação dos locais históricos da Guerra do Contestado. Neste trabalho discutimos o fato de que em dois momentos históricos distintos, as instituições públicas permitiram que esta população ficasse à margem da sociedade - no início do século XX com o esbulho da terra e em 2019 com a criação do IGR Vale do Imigrante.  Para tal debate, utilizamos os conceitos de territorialidade de Paul Little (1994) e de memória de Michael Pollack (1989). A falta de um mapeamento de registro e divulgação; e a necessidade de preservação dos locais históricos e de memória da Guerra do Contestado fomentam a necessidade de um mapeamento da história cabocla.