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DIREITO À EDUCAÇÃO: DO LEGAL AO REAL

Considerando a situação presente

em relação a efetividade do direito à educação

no país, observa-se que, apesar da existência

de uma legislação que contempla o “direito

de todos à educação”, constata-se que, de

acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE), em 2014, 8,3% da população

de quinze anos ou mais do país era analfabeta,

o que equivale a cerca de treze milhões de

homens e mulheres desprovidas de noções

mínimas de leitura, escrita e cálculo; noções

estas que possibilitam acesso às condições

de subsistência, educação, trabalho e cultura,

dentre outras e que são exigidas para uma vida

cidadã. Destaca-se que, ao considerar alguns

fatores, tais como as diferentes regiões do país,

a zona urbana e a rural, a raça/cor e o rendimento

mensal da população, observa-se que as

diferenças em relação a taxa de analfabetismo

se expressam de maneira a apontar que os

negros, os que vivem na zona rural, nas regiões

menos desenvolvidas economicamente e os

mais pobres lideram a taxa de analfabetismo.

Assim sendo, e considerando que, apesar do

preceito legal de que “todos são iguais perante

a lei”, tal situação promove uma “desigualdade

entre iguais”. Desta forma, o presente trabalho

tem como objeto a análise do “texto legal” em

relação ao “texto real”. Esse é um estudo de

cunho bibliográfico, fundamenta-se nas obras

de Freire, Cury e Monteiro. Os resultados

demonstram que existe uma lacuna entre o

“texto legal” e o “texto real”, ampliando as

desigualdades no país.

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DIREITO À EDUCAÇÃO: DO LEGAL AO REAL

  • DOI: 10.22533/at.ed.0811929038

  • Palavras-chave: Analfabetismo. Exclusão. Opressão. Educação. Direito.

  • Keywords: Illiteracy. Exclusion. Oppression. Education. Right

  • Abstract:

    Considering the current situation

    regarding the effectiveness of the right to

    education in our country, it can be observed

    that, despite the existence of legislation that

    contemplates the “right of everyone to have

    an education”, it is evident that, according

    to the Brazilian Institute of Geography and

    Statistics (IBGE), in 2014, 8.3% of the country’s

    population over 15 years old were illiterate.

    That´s an equivalent of about thirteen million

    men and women who lack the minimum skills

    for reading, writing or calculating. These abilities

    can allow the access to the proper conditions of

    subsistence, education, work and culture, among

    others, which are required for a citizen’s life. It is

    noteworthy that, when considering factors; such

    as the different regions of the country, urban and

    rural areas, race / ethnicity and monthly income

    of the population, differences in illiteracy rates

    are expressed in order to point out that afrodescendants,

    those living in the rural areas, the

    least economically developed regions and the poorest, lead the illiteracy rate. That

    being so, and considering the fact that, despite the legal precept that “all are equal in

    the eyes of the law”, this situation promotes “inequality between equals”. Thus, this

    work has the objective of analyzing the “legal text” in relation to the “real text”. This is

    a bibliographical study, based on the works of Freire, Cury and Monteiro. The results

    demonstrate that there is a gap between the “legal text” and the “real text”, magnifying

    the inequalities in our country.

  • Número de páginas: 15

  • Neide Cristina da Silva
  • maria josé poloni
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