DIÁLOGO CRIATIVO: TECNOLOGIA, ARTE E NARRATIVA POPULAR
O presente artigo propõe uma reflexão acerca dos conhecimentos envolvidos na pesquisa e criação de uma videodança na qual diferentes sujeitos trabalharam em colaboração criativa. A reflexão que aqui se apresenta analisa a elaboração da videodança Cumadi Fulorzinha, abordamos as maneiras de imaginar e construir as coreografias para além da dança. A produção desse trabalho artístico se iniciou através da entrevista a uma feirante da Paraíba sobre sua relação com um conto popular do Nordeste brasileiro, Cumadi Fulorzinha, e para a composição em videodança adotou-se como suporte teórico as ideias sobre movimento do teórico Rudolf Laban (1978). As formas sensíveis e subjetivas de conceber o que é expresso pela narradora foram criando maneiras de ressignificar o relato oral sobre a Cumadi. No processo da videodança, a noção de passado, presente e futuro é desconstruída, dando espaço para uma ficção criada a partir de todas as coreografias desenvolvidas pelos colaboradores. Trata-se de olhar para o fenômeno da poesia oral e da arte na cultura digital e verificar que há diálogo entre as partes. O hibridismo se apresenta como um lugar sem fronteiras, propiciando o surgimento de novos fenômenos criativos.
DIÁLOGO CRIATIVO: TECNOLOGIA, ARTE E NARRATIVA POPULAR
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Palavras-chave: Videodança; Relato Oral; Ficção; Movimento
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Keywords: 9
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Abstract:
This article proposes a reflection on the knowledge involved in the research and creation of a dance for screen, where different people worked in creative collaboration. The reflection presented here analyses the elaboration of the dance for screen called Cumadi Fulorzinha, we cover ways to imagine and build choreography beyond dance. The production of the artwork begins through an interview with a Paraíba’s State marketer about her relationship with the Northeast Brazilian myth, Cumadi Fulorzinha, and for the composition in dance for screen the ideas on movement of the theorist Rudolf Laban (1978) were adopted as theoretical support. The sensitive and subjective ways of conceiving what is expressed by the narrator were creating ways to resignify the oral report of Cumadi. In the process of dance for the screen, the notion of past, present and future is deconstructed, making room for a fiction created from all the choreographies developed by the collaborators. It is about looking at the phenomenon of oral poetry and art in digital culture and verifying that there is dialogue between the parties. Hybridism presents itself as a place without borders, enabling the emergence of new creative phenomena.
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Número de páginas: 9
- Amanda Lopes Galvão