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capa do ebook DEUS, JUSTIÇA E A LINGUAGEM DO AMOR ÉTICO EM EMMANUEL LÉVINAS E HERCULANO PIRES

DEUS, JUSTIÇA E A LINGUAGEM DO AMOR ÉTICO EM EMMANUEL LÉVINAS E HERCULANO PIRES

Partindo da refutação comum ao

tema da morte de Deus, que passou a imperar

no século XX, objetivamos estabelecer um

diálogo entre os filósofos Emmanuel Lévinas

e Herculano Pires, destacando o modo como

cada um trata a relação entre a linguagem

do amor ético e da justiça, marcando uma

alteridade mediada pela transcendência. Para

Lévinas o sujeito é constituído pelo outro,

embora algumas vezes o filósofo tenha em

mente o outro infinito, ele também está certo

de que essa infinidade só se faz conhecer pelo

rosto de outra pessoa que carrega consigo uma

exigência da transcendência. Pode-se dizer

que o outro está ali, ele não sou eu e por essa

razão se constitui uma alteridade. Pires percebe

no amor ético ao próximo, a possibilidade para

o encontro que marca a relação moral entre o

eu e este próximo, pois a solidão do ser gera

a busca do outro. Este amor ético atinge o seu

alvo principal que é a transcendência e nele se

transfunde. Tanto Emmanuel Lévinas quanto

Herculano Pires, problematizam a constituição

da subjetividade humana frente a relação com o

próximo, ressaltando a necessidade do eu não

permanecer fechado em si mesmo e ao libertarse

do seu egocentrismo, permitindo que suas

potencialidades se desenvolvam na direção

ao outro. De modo semelhante a análise

lévinasiana, Pires também afirma o caráter inato

da transcendência no homem, cuja a afinidade

com este arquétipo divino, é o que se deseja

atingir no processo de transcendência.

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DEUS, JUSTIÇA E A LINGUAGEM DO AMOR ÉTICO EM EMMANUEL LÉVINAS E HERCULANO PIRES

  • DOI: 10.22533/at.ed.83619071011

  • Palavras-chave: alteridade; amor ético; justiça; liberdade; transcendência.

  • Keywords: alterity; ethical love; justice; freedom; transcendence.

  • Abstract:

    Starting from the common

    refutation to the theme of the death of God,

    which began to prevail in the twentieth century,

    we aimed to establish a dialogue between the

    philosophers Emmanuel Lévinas and Herculano

    Pires, highlighting the way each treats the

    relationship between the language of ethical

    love and justice, marking an alterity mediated

    by transcendence. For Lévinas the subject is

    constituted by the other, although sometimes

    the philosopher has in mind the other infinity,

    he is also certain that this infinity is only made

    known by the face of another person who carries

    with him a requirement of transcendence. One

    can say that the other is there, it is not me and

    for that reason it constitutes an alterity. Pires

    perceives in ethical love for others, the possibility

    for the encounter that marks the moral relationship between the me and this neighbour,

    because the loneliness of being generates the search for the other. This ethical love

    reaches its main target which is transcendence and transfused in it. Both Emmanuel

    Lévinas and Herculano Pires problematize The constitution of human subjectivity in

    relation to the relationship with the neighbour, emphasizing the necessity of the I do

    not remain closed in itself and by freeing oneself from its egocentrism, allowing its

    Potentialities to develop in the direction of the other. Similarly to the Lévinasian analysis,

    Pires also affirms the innate character of transcendence in Man, whose affinity with this

    divine archetype, is what one desires to achieve in the process of transcendence.

  • Número de páginas: 15

  • ROGÉRIO LUIS DA ROCHA SEIXAS
  • EDSON SANTOS PIO JÚNIOR
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