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capa do ebook DESIGUALDADE SOCIAL E INSUFICIÊNCIA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NO COMBATE À POBREZA

DESIGUALDADE SOCIAL E INSUFICIÊNCIA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NO COMBATE À POBREZA

O presente trabalho analisa o

fenômeno da desigualdade social no Brasil e

a construção de condições de igualdade de

oportunidades por meio das políticas públicas

(MILLER, 1996) no início do século XXI. A

pesquisa apoia-se no método qualitativo de

análise da produção teórica mais recente no

âmbito das ciências sociais. Dá-se ênfase às

ações de diminuição da pobreza no atual período

democrático brasileiro, mas o estudo observa que

desde o período colonial até a modernização do

Estado é praticado postura de indiferença com

as desigualdades sociais (FERNANDES, 1978;

FREYRE, 1978). Somente nos anos de 1930,

no Brasil, foram instituídas as primeiras políticas

públicas de direitos sociais, as quais impactam

na diminuição da desigualdade social, com as

políticas de direitos trabalhistas do governo do

então Presidente Getúlio Vargas. No período do

regime político de governos autoritário (1964-

1985) o fenômeno da desigualdade social

cresceu expressivamente e não recebeu a

atenção adequada, pelo contrário, o problema

foi tratado como caso de polícia, a pobreza

era caso de segurança e não de instituição de

políticas sociais. Entre os anos de 1980 e 1990,

com o processo de redemocratização política,

governos mais flexíveis e maior participação

da sociedade civil organizada na gestão do

Estado, gestores públicos e lideranças sociais

colocam na agenda pública-estatal a discussão

de políticas públicas de enfrentamento da fome,

da pobreza e da desigualdade social, por meio

da implementação de políticas públicas. No

início do século XXI, são várias às formas de

enfrentamento das desigualdades sociais com

programa de renda mínima, política de cotas

para famílias em situação de vulnerabilidade,

tarifa social de serviços públicos e investimento

na qualificação profissional de setores da

população empobrecida e estratégias de

combate à pobreza extrema. Por fim, o estudo

apresenta duas conclusões: na primeira, as

desigualdades sociais que causam a pobreza

extrema brasileira configuram-se um problema

social estrutural e; na segunda, os esforços

dos governos, na última década, ainda não

foram suficientes para erradicar a pobreza e a

miséria e avançar na construção de um Estado

brasileiro de bem-estar social.

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DESIGUALDADE SOCIAL E INSUFICIÊNCIA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NO COMBATE À POBREZA

  • DOI: 10.22533/at.ed.0141921119

  • Palavras-chave: Desigualdade social. Exclusão social. Pobreza. Políticas públicas.

  • Keywords: Social Inequality. Social exclusion. Poverty. Public policy.

  • Abstract:

    This article analyzes the phenomenon of social inequality in Brazil and

    the construction of equal opportunity conditions through public policies (Miller, 1996).

    The research is based on the qualitative method for the analysis of the most recent

    theoretical production in the social sciences on the phenomenon of social inequalities.

    Emphasizing the actions of poverty reduction in the current Brazilian democratic

    period, this study observes that from the colonial period until the modernization of the

    Brazilian state experience a stance of indifference with inequalities (FERNANDES,

    1978; FREYRE, 1978). Only in the 1930s, in Brazil, the first public policies of social

    rights were instituted, which impacts on the reduction of social inequality, with the labor

    rights policies built in the government of the then President Getúlio Vargas. During the

    period of the authoritarian political regime of governments, between 1964 and 1985,

    the phenomenon of social inequality grew significantly and did not receive adequate

    attention. On the contrary, the problem was treated as a police case, poverty was a

    security case and not an institution. of social policies. Between 1980 and 1990, with

    the process of political re-democratization, more flexible governments and greater

    participation of organized civil society in state management, public managers and

    social leaders put on the public-state agenda the discussion of public policies to fight

    hunger, poverty and social inequality through the implementation of public policies. At

    the beginning of the 21st century, there are many ways to address social inequalities

    through a minimum income program, quota policy for vulnerable families, social tariffs

    for public services and investment in the professional qualification of impoverished

    sectors of the population, strategies experienced in combating extreme poverty. Finally,

    the study presents two conclusions: first, the social inequalities that cause extreme

    poverty in Brazil are a structural social problem and; Second, the efforts of governments

    in the last decade have not yet been sufficient to eradicate poverty and misery and

    advance the construction of a Brazilian welfare state.

  • Número de páginas: 14

  • Francisco Mesquita de Oliveira
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