DESIGUALDADE RACIAL NA PRÁTICA DE LAQUEADURA TUBÁRIA ENTRE MULHERES BRASILEIRAS
O objetivo do artigo é investigar a prevalência do uso de laqueadura em mulheres brasileiras, especificamente entre negras e brancas, no período histórico de 1990 a 2019. Para elaboração deste artigo, realizou-se uma revisão de literatura com 10 periódicos acadêmicos, quantitativos e qualitativos. Os trabalhos foram selecionados a partir de variáveis socioeconômicas, reprodutivas, raciais e demográficas. A partir da análise dos dados, obteve-se, na maioria dos trabalhos estudados, que as mulheres negras, principalmente as de baixa renda e baixa escolaridade, eram mais adeptas à laqueadura tubária. Por um lado, pela falta de conhecimento sobre os métodos contraceptivos existentes e suas formas de funcionamento, que limitava o interesse daquelas mulheres aos métodos reversíveis. Por outro, pela carência de recursos econômicos, que as tornava dependentes de uma oferta escassa e restrita de métodos contraceptivos no Sistema Único de Saúde (SUS), e que poderia dificultar a adesão de métodos disponíveis apenas no setor privado. Conclui-se a partir disso, que é indispensável a implementação de políticas públicas de equidade racial e de gênero, principalmente nos âmbitos da educação e da saúde reprodutiva, a fim de que as mulheres negras possam exercer os seus direitos reprodutivos de forma autônoma.
DESIGUALDADE RACIAL NA PRÁTICA DE LAQUEADURA TUBÁRIA ENTRE MULHERES BRASILEIRAS
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DOI: 10.22533/at.ed.6622110098
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Palavras-chave: Métodos Contraceptivos. Laqueadura Tubária. Raça. Saúde Reprodutiva.
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Keywords: Contraceptive Methods. Sterilization, Tubal. Race factors. Reproductive Health.
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Abstract:
This article looks through the prevalence of female sterilization among brazilian women, specifically between blacks and whites, from 1990 to 2019. For the preparation of this article, a literature review was carried out on 10 academic, quantitative and qualitative journals. Papers were selected from socioeconomic, reproductive, racial and demographic factors among sterilizated brazilian women. In most studies black women, especially low-income and low-schooling women, were more likely to be sterilizated. On the one hand, those women lack basic knowledge regarding the safety, efficacy or use of different contraceptive methods which could restrain their interest on reversible methods. On the other hand, due to the lack of economic resources, they are dependent on poor supply of contraceptive methods in the public health system (SUS). The results suggest that it is essential to implement governmental policies of racial and gender equity in Brazil, mainly in the fields of education and reproductive health, so that black women can exercise their reproductive rights with self-determination and freedom.
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Número de páginas: 15
- Stefanni Cristina Magdalena
- Angela Maria Bacha
