DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL SUSTENTÁVEL: REFLEXÕES SOBRE UMA RACIONALIDADE AMBIENTAL
A problemática ambiental vem ganhando destaque cada vez maior nas últimas décadas, em função das crises socioambientais e de colapsos da ordem econômica, o que vem se traduzindo também em uma crise de conhecimento. A natureza é objetificada, em função da sua utilidade, dentro de uma racionalidade antropocêntrica. Desse modo, romper com esta lógica significa superar uma construção filosófica de milênios. O objetivo principal deste capítulo é discutir a racionalidade ambiental sob a lógica da epistemologia ambiental de Leff (2012), e os princípios da economia ecológica. Neste sentido, uma abordagem econômica se faz necessária, para balizar o debate e as possibilidades de resposta à mudança, apresentando alternativas a uma crise socioambiental vigente. Logo, esta racionalidade deve ter um adjetivo diferenciado, pois dentro da racionalidade econômica vigente, destruir produtos agrícolas, promover a obsolescência programada, fomentar a indústria bélica e fazer guerras pelo mundo são tidas como coerentes, pois estão baseadas na lógica da escassez. A questão ambiental ou a racionalidade ambiental favorece o debate, pois há uma aceitação maior da população mundial em torno desta temática. No entanto, ainda se observa uma certa ambivalência nos comportamentos individuais, posto que apesar da aceitação da importância ambiental, grande parte da população mundial ainda não está disposta a diminuir o seu consumo, nem adotar produtos com certificação ambiental que sejam mais caros que os seus similares.
DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL SUSTENTÁVEL: REFLEXÕES SOBRE UMA RACIONALIDADE AMBIENTAL
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DOI: 10.22533/at.ed.16620280724
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Palavras-chave: Desenvolvimento Territorial Sustentável. Economia Ecológica. Epistemologia Ambiental. Racionalidade Ambiental.
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Keywords: Sustainable Territorial Development. Ecological Economics. Environmental Epistemology. Environmental Reasoning.
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Abstract:
Environmental issues have been gaining increasing attention in the last decades, as a result of socio-environmental crises and colapses of the economic establishment, also expressed as a knowledge crisis. Nature is objectified as a useful comodity within an anthropocentric reasoning. Thus, breaking away from this perspective means overcoming deeply rooted views established over millennia. The primary aim of this chapter is to discuss environmental reasoning from the logic of Leff´s (2012) environmental epistemology and the principles of ecological economics. In this context, an economic approach is necessary to frame the debate and the possible answers to the change, presenting alternatives to the current socio-environmental crisis. Therefore, this new reasoning requires have a different context, because in the current economic reasoning it makes sense to destroy surplus agricultural produce, promote planned obsolescence, promote the war industry, and engage in wars on foreign soil, as these are based on a scarcity perspective. The environmental reasoning encourages debate, as this view is more widely accepted by the general public worldwide. Nonetheless, there is still considerable indifference in regards to individual behaviours, as despite wide recognition of the importance of the environment, many people remain unwilling to reduce their own level of consumption or embrace more expensive but environmentally friendly products.
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Número de páginas: 21
- José Guilherme Behrensdorf Derraik
- Flora Thamiris Rodrigues Bittencourt
- Deborah Moraes Zouain
- Luiz Alexandre Valadão de Souza
