As discussões sobre políticas públicas são recentes no Brasil, sendo que

a sua ampla teoria envolve majoritariamente pesquisas de países desenvolvidos. E

quando estudadas em nível nacional, deixam o debate sobre a formulação em

segundo plano, frente ao destaque dado às suas efetividades. Contudo, é neste

momento em que são decididas as áreas prioritárias de ação e como os problemas

públicos serão tratados, pelos diversos grupos de interesse. Embora seja o governo

o principal ator decisório, outros grupos sociais também interferem no desenho de

políticas, principalmente grupos hegemônicos nacionais e internacionais

detentores de capital. Por isso, visa-se, por uma revisão literária, evidenciar teorias

sobre a configuração do desenho de políticas públicas para posteriormente apontar

perspectivas de maior democratização deste processo. Conclui-se que são

necessárias ações que visem à consolidação da democracia e um modelo nacional

de participação popular a ser aplicado nas diversas áreas temáticas e em todos os

entes federados, para retomada do desenvolvimento econômico-social juntamente

do combate constante à corrupção.