DESAFIOS POSTOS PARA A IMPLANTAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA NA SAÚDE SUPLEMENTAR
A Agência Nacional de Saúde (ANS) publicou, em 2019, o Programa de Certificação de boas práticas em Atenção Primária e algumas operadoras de saúde aderiram aos seus ideais. Este estudo teve como objetivo analisar esse novo modelo praticado por uma operadora de saúde da região Sudeste. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa realizada por meio de análise documental que evidenciou as mudanças realizadas para que a operadora pudesse providenciar a implantação do modelo. Para aferir a percepção dos beneficiários foram realizadas dez entrevistas semiestruturadas com os gestores das maiores empresas que aderiram ao plano. As entrevistas foram submetidas à análise de conteúdo e apontaram grandes diferenças entre o modelo tradicional e o APS que ora são vistas como positivas, ora como negativas, tais como a existência de médico de referência, tido como coordenador do cuidado ou como dificultador de encaminhamento para especialistas. Ressaltamos o desconhecimento geral sobre o funcionamento e o formato do plano e concluímos que nem todas as premissas da APS são postas em prática na iniciativa privada, tais como vínculo e territorialidade, porém também pudemos verificar que as dificuldades encontradas para seu pleno funcionamento são, em muitos aspectos, semelhantes às encontradas no setor público.
DESAFIOS POSTOS PARA A IMPLANTAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA NA SAÚDE SUPLEMENTAR
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DOI: 10.22533/at.ed.43822160219
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Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde, Saúde Suplementar, Serviço de Saúde
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Keywords: Primary Health Care, Private System, Health Services
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Abstract:
The National Health Agency (ANS) published, in 2019, the Certification Program of good practices in Primary Care and some health operators adhered to its ideals. This study aimed to analyze this new model practiced by a healthcare operator in the Southeast region. It is a qualitative research carried out through documentary analysis that showed the changes made so that the operator could provide the implementation of the model. In order to assess the perception of the beneficiaries, ten semi-structured interviews were conducted with the managers of the largest companies that joined the plan. The interviews were subjected to content analysis and pointed out great differences between the traditional model and the PHC, which are sometimes seen as positive, sometimes as negative, such as the existence of a reference doctor, who was the care coordinator or as a difficult referral to experts. We emphasize the general lack of knowledge about the plan's operation and format and conclude that not all PHC premises are put into practice in the private sector, such as bond and territoriality, but we were also able to verify that the difficulties encountered for its full operation are, in many aspects, similar to those found in the public sector.
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Número de páginas: 15
- Maristela Dalbello-Araujo
- Thuany Küster Will