DESAFIOS NO CUIDADO EM SAÚDE DA MULHER SURDA
Introdução: O direito à saúde situa-se como meio de acesso à cidadania, segundo a Declaração dos Direitos Humanos e esta questão aparece categorizada em vários eixos, nos quais a saúde da mulher tem preponderado em alguns aspectos e sido negligenciada em outros. Quando se observa substratos menores, é gritante o descaso relacionado às condutas destinadas à mulher surda que fica segregada e sem os conhecimentos básicos sobre a própria saúde, o que a faz alvo de agravos que poderiam ser evitados com ações preventivas simples. Objetivos: Identificar os principais obstáculos na prevenção e promoção da saúde da mulher surda, bem como detectar quais categorias de saúde são mais negligenciadas quando se trata da saúde destas mulheres. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática de publicações entre 2013 e 2018, utilizando fontes de literatura sobre artigos que discorreram sobre a saúde da mulher surda. Desenvolvimento: Nas Unidades Básicas de Saúde e nos hospitais de grande porte, persistem diversas barreiras de conhecimentos básicos de saúde por parte das mulheres surdas, sendo este um reflexo da dificuldade comunicacional com os profissionais de saúde que não conhecem a LIBRAS, exigindo a presença de um intérprete. Incide ainda, a superproteção por parte da família, que muitas vezes trata a surda como alguém incapaz de cuidar de si, impedindo a chegada de informações para essas pacientes. Conclusão: É necessário identificar as pacientes surdas e criar estratégias que garantam prevenção e promoção da saúde, bem como o fortalecimento da autonomia e do autocuidado. Além disso, estabelecer mecanismos de aprendizagem da LIBRAS por parte da equipe interdisciplinar que atua em cada nível de atenção, a fim de que os profissionais possam estabelecer comunicação direta com a paciente e para que as informações sejam compreendidas sem a necessidade do intérprete ou familiar, o que asseguraria vínculo, confiança e sigilo.
DESAFIOS NO CUIDADO EM SAÚDE DA MULHER SURDA
-
DOI: 10.22533/at.ed.25220250915
-
Palavras-chave: Língua de Sinais, Promoção da Saúde, Saúde da Mulher
-
Keywords: Sign Language, Health Promotion, Women’s Health
-
Abstract:
Introduction: According to the Universal Declarations of Human Rights, the right to health is a guarantee of access to citizenship. Among the various axes in which this issue is categorized women’s health has prevailed in some and been neglected in others. Therefore, when considering vulnerable population, such as deaf women, there is a significant disregard for the medical conduct. These women are segregated from basic knowledge about their own heath, generating a rupture of health promotion and disease prevention. Objectives: To identify the main obstacles in health promotion and disease prevention of deaf women, as well as to detect which health categories are more neglected. Methods: This is a systematic review using sources of literature on articles that discusses the health of deaf women, analyzing publications between 2013 and 2018. Scielo, Lilacs and BVS databases were used. In addition, articles were filtered only in Portuguese. According to the aforementioned criteria, 6 articles were selected to compose this review. Discussion: Whether in Basic Health Units or in hospitals, deaf women are still victims of several barriers to basic health knowledge. This is a failure of the health system, and can be considered a reflection of the communication difficulties with health professionals who do not know LIBRAS, requiring the presence of an interpreter. Furthermore, there is also the overprotection by the family, who often treat the deaf as someone unable to take care of themselves, preventing the arrival of information for these patients. Conclusion: The identification of deaf patients becomes essential in the creation of strategies that guarantee health prevention and promotion, as well as the strengthening of autonomy and self-care. Moreover, this study highlights the importance of LIBRAS learning mechanisms by the health team, so that professionals can establish a direct communication with the patient, ensuring the bond and medical confidentiality.
-
Número de páginas: 3
- Rebeca Coêlho Linhares
- Luana Cristina Farias Castro
- Lucas Carvalho Soares
- Pauliane Miranda dos Santos
- Raul Sá Rocha
- Esther Barata Machado Barros
- Maria Clara Sousa Lima
- Robério Araújo de Carvalho
- Carolina Lustosa de Medeiros
- Clesivane do Socorro Silva do Nascimento
- Mauro Mendes Pinheiro Machado
- Yndri Frota Farias Marques