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DENSIDADE DE INCIDENCIA DE PATÓGENOS GRAM POSITIVOS, PERTENCENTES AO GRUPO SKAPE, EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO SUL DO BRASIL.

Os principais patógenos associados às infeções relacionadas a assistência a saúde, que possuem grande arsenal de resistência e virulência, são chamados de patógenos "ESKAPE", que inclui Enterococcus faecium, Staphylococcusaureus, Klebsiella pneumoniae, Acinetobacter baumannii, Pseudomonas aeruginosa e Enterobacter spp. Aliado a isso, há tendência de crescimento na taxa de resistência aos antibióticos, especialmente nos isolados de Methicillin-Resistant S. aureus (MRSA), Vancomycin-Resistant Enterococcus (VRE)  e bactérias gram- negativas com resistencia aos carbapenêmicos. As infecções secundárias de origem bacteriana relacionada à COVID-19 desempenham um papel crucial na morbimortalidade dos pacientes. Diante de uma situação caótica, e de incertezas houve aumento na ocorrência do uso indiscriminado de antimicrobianos, gerando impacto negativo na propagação da resistência antimicrobiana. O presente estudo teve por objetivo determinar a densidade incidência de colonização de Enterococcus spp. e S. aureus em pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva, no período pré (julho de 2018 a março de 2020) e pandemico (abril de 2020 a julho de 2021). Foram incluídas, no estudo, resultados de culturas, provenientes de materiais clínicos diversos, para investigação de colonização por microrganismos do grupo ESKAPE. Os resultados das culturas foram obtidos do banco de dados do Sistema de Informação AGTA Healthcare, módulo LABHOS®, doLaboratório de Análises Clínicas (LAC/HU). Foram admitidos 11.041 nas Unidades de Terapia Intensiva noperíodo, correspondentes a 47.506 pacientes/dia, sendo 12.675 do período pré-pandemia e 34.831 do período da pandemia. Foram identificados 9.026 patógenos do grupo ESKAPE em todo período, dos quais 186 (2%) foram classificados como VRE e 458 (5%) como MRSA. Verificou-se que, para VRE, a densidade de incidência média variou de 2,3/1.000 pacientes- dia no período pré-pandemia para 3,9/1.000 pacientes-dia no período pandémico. Por outro lado, para MRSA a densidade de incidência média, do período pré-pandemia, de 4,8/1.000 pacientes-dia variou negativamente para 3,5/1.000 pacientes-dia durante a pandemia. Os resultados obtidos demonstram que a pandemia COVID-19 teve impacto na frequência de cocos gram-positivos multirresistentes nas UTIs do HU-UEL, uma vez que ocorreu um aumento na densidade de incidência de infecções por VRE e uma redução nos números de MRSA.
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DENSIDADE DE INCIDENCIA DE PATÓGENOS GRAM POSITIVOS, PERTENCENTES AO GRUPO SKAPE, EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO SUL DO BRASIL.

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.3232524041

  • Palavras-chave: Patógenos multirresistentes; Antimicrobianos; ESKAPE; Enterococcus spp.; Staphylococcus aureus.

  • Keywords: Multidrug-resistant pathogens; Antimicrobials; ESKAPE; Enterococcus spp.; Staphylococcus aureus.

  • Abstract: The main pathogens associated with healthcare-associated infections, which have a large arsenal of resistance and virulence, are the so-called "ESKAPE" pathogens, which include Enterococcus faecium, Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae, Acinetobacter baumannii, Pseudomonas aeruginosa and Enterobacter spp. In addition, there is a trend of increasing antibiotic resistance rate, especially in isolates of Methicillin-Resistant S. aureus (MRSA), Vancomycin-Resistant Enterococcus (VRE) and carbapenem-resistant Gram-negative bacteria. Secondary infections of bacterial origin related to COVID-19 play a crucial role in the morbidity and mortality of patients. Faced with a chaotic and uncertain situation, there has been an increase in the occurrence of indiscriminate use of antimicrobials, generating a negative impact on the spread of antimicrobial resistance. The present study aimed to determine the incidence density of colonization by Enterococcus spp. and S. aureus in patients admitted to Intensive Care Units, in the pre-pandemic period (July 2018 to March 2020) and during the pandemic (April 2020 to July 2021). The study included culture results from several clinical materials to investigate colonization by microorganisms from the ESKAPE group. Culture results were obtained from the AGTA Health Information System database, LABHOS® module, of the Clinical Analysis Laboratory (LAC/HU). A total of 11,041 patients were admitted to Intensive Care Units during the period, corresponding to 47,506 patient-days, 12,675 from the pre-pandemic period and 34,831 from the pandemic period. A total of 9,026 pathogens from the ESKAPE group were identified during the period, of which 186 (2%) were classified as VRE and 458 (5%) as MRSA. It was found that, for VRE, the mean incidence density varied from 2.3/1,000 patient-days in the pre-pandemic period to 3.9/1,000 patient-days in the pandemic period. On the other hand, for MRSA, the mean incidence density, from the pre-pandemic period, of 4.8/1,000 patient-days varied negatively to 3.5/1,000 patient-days during the pandemic. The results obtained demonstrate that the COVID-19 pandemic had an impact on the frequency of multidrug-resistant gram-positive cocci in the ICUs of HU-UEL, since there was an increase in the incidence density of VRE infections and a reduction in the numbers of MRSA.

  • Mariana Corturato Pontel
  • felipe crepaldi duarte
  • Mateus da Silva Souza
  • Maria Fernanda Astun Dionísio
  • Aline Aparecida Bartiniski
  • Julia Franco Mariano
  • Elisangela de Fátima Gobo Viotto
  • Mariana Eches Urbaneja Gasparotti
  • Alexandre Casonatto
  • Tiago Danelli
  • Jaqueline Dario Capobiango
  • Márcia Regina Eches Perugini
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