DENSIDADE DE INCIDÊNCIA DE Enterobacterales MULTIRRESISTENTES NA UNIDADE NEONATAL DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO SUL DO BRASIL, DE 2010 A 2020.
Bebês internados em Unidades de Terapia Neonatal são extremamente vulneráveis, muitas vezes prematuros, são submetidos a procedimentos invasivos e, por consequência, apresentam alto risco de desenvolver infecções que podem resultar em morbidade e mortalidade. O uso contínuo, muitas vezes inadequado, de antimicrobianos tem favorecido a seleção de isolados de Bacilos Gram-negativos multirresistentes. O presente estudo teve por objetivo avaliar a tendência epidemiológica de colonização por patógenos da ordem Enterobacterales, em recém-nascidos, internados em unidades neonatais, num período de 11 anos. Foram analisados os resultados de culturas de swab de vigilância de janeiro de 2010 a dezembro de 2020, obtidos do sistema de informação do laboratório de microbiologia da instituição do estudo (LABHOS@). Durante este período foram admitidos 8.038 recém-nascidos nas unidades neonatais, que corresponderam a 73.580 pacientes/dia. Foram identificados 553 bacilos gram-negativos pertencentes à ordem Enterobacterales. As espécies mais frequentes foram Klebsiella sp. (50%), Serratia marcescens (21%) e Enterobacter cloacae (19%). A maioria das Enterobacterales, 95%, eram produtoras de betalactamases de espectro extendido (ESBL), enquanto 5%, de carbapenemases. A densidade de incidência média foi 3,7 Enterobacterales/1.000 pacientes-dia, tendo variado de 1,8 a 10,6 durante o período de estudo. Concluímos que a densidade de incidência de colonização por Enterobacterales multirresistentes foi elevada nas unidades neonatais, com flutuações, durante o período analisado e que o gênero Klebsiella sp., produtor de ESBL, foi o mais frequente.
DENSIDADE DE INCIDÊNCIA DE Enterobacterales MULTIRRESISTENTES NA UNIDADE NEONATAL DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO SUL DO BRASIL, DE 2010 A 2020.
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DOI: 10.22533/at.ed.4272106129
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Palavras-chave: Enterobacterales, microrganismo multirresistente, Klebsiella pneumoniae, Enterobacter cloacae, Serratia marcescens.
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Keywords: Enterobacterales, multirresistant microorganism, Klebsiella pneumoniae, Enterobacter cloacae, Serratia marcescens.
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Abstract:
Hospitalized infants in Neonatal Intensive Care are extremely vulnerable, and some are premature, undergo invasive procedures, and, consequentely, they have a higher chance to develop infections, resulting in morbidity and mortality. The continuous and inadequate use of antimicrobials has favoured selection of multiresitent Gram-negative bacillus isolates. The objetive of this study was to avaliate the epidemiological tendency colonization of pathogens from the Enterobacterales order in newborns hospitalized in the neonatal units, on a 11 years period. Swab culture results from january 2010 to december 2020 from the Institution’s microbiology laboratory information system (LABHOS@) were analyzed. During this period, 8,038 newborns were admited at the neonatal units about 73,580 patients/day. 553 Enterobacterales Gram-negative bacillus were identified. The most frequent species were Klebsiella sp. (50%), Serratia marcescens (21%) and Enterobacter cloacae (19%). Most Enterobacterales, 95%, were extended spectrum betalactamase (ESBL) producers, and 5% were carbapenemase producers. The incidence density mean was 3.7 Enterobacterales/1.000 pacients-day, varying from 1.8 to 10.6 during the period. In conclusion, the multiresistent Enterobacterales colonization incidence density was elevated in the neonatal units, with fluctuation within the analyzed period, and the ESBL-producing Klebsiella sp. genus was the most frequent.
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Número de páginas: 13
- FELIPE CREPALDI DUARTE
- Gerusa Luciana Gomes Magalhães
- THILARA ALESSANDRA DE OLIVEIRA
- ALISSON SANTANA DA SILVA
- MARSILENI PELISSON
- ANNA PAULA SILVA OLAK
- TIAGO DANELLI
- GABRIELLE FEIJO DE ARAUJO
- Gilselena Kerbauy Lopes
- Jaqueline Dario Capobiango
- ELIANA CAROLINA VESPERO
- Márcia Regina Eches Perugini
