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DE FORA PARA DENTRO: MEMES E AS PRÁTICAS MULTIMODALIDADES NA SALA DE AULA LÍNGUA PORTUGUESA

A produção criativa desenhada através do uso de linguagens digitais no contexto da internet – fora da escola – pelos estudantes se tornou um desafio a ser vencido pela escola, agencia de letramentos, situada na trincheira da sociedade contemporânea, tecnológica e digital, onde produção, colaboração e interatividade através de textos multimodais – memes – são compartilhadas através de trocas de competências linguísticas, multissemióticas e culturais em cuja mensagem há hibridização do designNesta premissa, as práticas contemporâneas de produção textual são intrínsecas às tecnologias digitais, requer de imediato a reconfiguração do ensino de língua para uma geração de conectados às redes e mídias sociais, onde as linguagens e as informações se propagam rápida concorrendo por educação linguística multiletrada. Defendo no corpo deste texto: o meme é um gênero textual hibrido que, tal qual os demais gêneros do discurso, migrou do suporte analógico para as mídias digitais da internet e representa a natureza das multimodalidades da linguagem ao hibridizar recursos: texto, imagem e som nos algoritmo das mídias sociais, garantindo assim, multiletramentos, cujos significados são decorrente de recepções sociais, culturais e cognitivos do leitor. No cenário das mídias e redes sociais, os criadores de conteúdo – memes – praticantes envolvem a escrita em dinâmicas multimodais de linguagem e de interação social, contagiando o espaço público pôr os memes fazerem parte de um sistema representacional e imitativo exclusivo da rede mundial de computadores — por isso são denominados memes de internet –. Desta maneira, reafirmo minha tese: memes são textos híbridos e multimodais que agregam e remixam diferentes matrizes de linguagens contemporâneas nos suportes digitais e têm nos aplicativos ligados à internet, o ambiente perfeito para atrair a atenção, com isso contagiar as mentes conectadas em redes através de eventos de humor. Diante da diversidade de gêneros textuais disponíveis para o ensino de leitura na sala de aula, concluo, portanto que trabalhar com memes na sala de aula de língua materna ou estrangeira é colocar os estudantes diante de atos de letramentos, cujo capital linguístico, sociossemiótico e cultural é valorado pelas comunidades conectadas, os quais tem como objeto de ensino, atividades de leitura e interpretação textos produzidos colaborativamente e compartilhados em redes cujos usos das múltiplas linguagens conferem à mensagem memealizada os sentidos necessitários a manutenção das estratégias multimodalidades. O meme como gênero digital rivaliza com gêneros e ideologias clássicos de ensino de leitura na escola e reflete as tensões e as relações do poder socio-historicamente construídas com outros gêneros. Nesse complexo processo, socializam informações situadas no tempo e no espaço, embora, ainda, seja visto de maneira diferente nos protocolos de aprendizagem da comunidade escolar, os memes estão a serviço do ócio, preenchendo o tempo livre a ponto de o diferente contaminar as mentes dos leitores, transformando-os em devotos replicadores de significados em redes sociais.

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DE FORA PARA DENTRO: MEMES E AS PRÁTICAS MULTIMODALIDADES NA SALA DE AULA LÍNGUA PORTUGUESA

  • DOI: 10.22533/at.ed.3072214124

  • Palavras-chave: Memes, Multimodalidades, TDICs, Práticas e Gêneros multimodais

  • Keywords: Memes, Multimodalities, TDICs, Multimodal Practices and Genres

  • Abstract:

    The creative production designed through the use of digital languages ​​in the context of the internet - outside the school - by the students has become a challenge to be overcome by the school, a literacy agency, located in the trench of contemporary, technological and digital society, where production, collaboration and interactivity through multimodal texts – memes – are shared through exchanges of linguistic, multisemiotic and cultural competences in whose message there is a hybridization of design. On this premise, contemporary practices of textual production are intrinsic to digital technologies, immediately requiring the reconfiguration of language teaching for a generation connected to networks and social media, where languages ​​and information propagate rapidly, competing for multiliterate linguistic education. I argue in the body of this text: the meme is a hybrid textual genre that, like the other genres of discourse, migrated from analog support to the digital media of the internet and represents the nature of the multimodalities of language by hybridizing resources: text, image and sound in the social media algorithm, thus guaranteeing multiliteracies, whose meanings result from the reader's social, cultural and cognitive receptions. In the scenario of media and social networks, content creators - memes - practitioners involve writing in multimodal dynamics of language and social interaction, infecting the public space by making memes part of a representational and imitative system exclusive to the world wide web. — that's why they are called internet memes —. In this way, I reaffirm my thesis: memes are hybrid and multimodal texts that aggregate and remix different matrices of contemporary languages ​​in digital media and have in applications connected to the internet, the perfect environment to attract attention, thus infecting minds connected in networks through of mood events. Faced with the diversity of textual genres available for teaching reading in the classroom, I conclude, therefore, that working with memes in the native or foreign language classroom is to put students in front of acts of literacies, whose linguistic, socio-semiotic and cultural capital it is valued by connected communities, whose teaching object is reading and interpreting texts produced collaboratively and shared in networks whose uses of multiple languages ​​give the memealized message the meanings necessary for the maintenance of multimodal strategies. The meme as a digital genre rivals classical genres and ideologies of teaching reading at school and reflects the tensions and socio-historically constructed power relations with other genres. In this complex process, they socialize information located in time and space, although it is still seen differently in the learning protocols of the school community, memes are at the service of leisure, filling free time to the point that the different contaminates minds of readers, transforming them into devotees replicators of meanings in social networks.

  • Robério Pereira Barreto
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