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DADOS SOBRE O TRATAMENTO DE INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO NO MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO

No Brasil, a principal causa de morte é a doença cardiovascular, com incidência crescente (KHAN et al., 2023). Um fator significativo para essa realidade é o tempo de isquemia prolongado, correspondendo a 80% do período até a desobstrução coronariana (SANCASSIANI et al., 2021). Em ambiente hospitalar, 1% a 2% dos casos de IAM podem ser diagnosticados erroneamente (KWOK et al., 2021). É vital revisar a literatura e coletar dados sobre o tratamento do infarto agudo do miocárdio para reduzir sua incidência no Rio de Janeiro. Analisamos o tratamento do infarto agudo do miocárdio no Rio de Janeiro por 14 anos e correlacionamos com a epidemiologia atual. Realizamos uma revisão da literatura e coletamos dados disponíveis no DATASUS (janeiro de 2008 a dezembro de 2022) e em artigos de Scielo, Lilacs e PubMed. Foram observadas 25.495 internações para o tratamento do infarto, totalizando R$ 51.375.871,08 de gastos públicos. O ano de 2022 teve o maior número de internações (2.201) e maiores gastos (R$ 6.107.904,67). Dos procedimentos, 6.094 foram eletivos e 19.390 de urgência, incluindo 11 acidentes de trabalho, 12.318 no setor público, 439 no privado e 12.718 casos ignorados. Todos os procedimentos foram de média complexidade. A taxa de mortalidade total foi de 17,90, com 4.564 óbitos. A maior taxa ocorreu em 2013 (22,68), e a menor em 2017 (14,61). A taxa de mortalidade foi de 11,16 para procedimentos eletivos, 20,03 para os de urgência e 9,09 para acidentes de trabalho. No setor público, a taxa foi de 19,05, no privado 14,81 e 16,90 para acidentes de trabalho. A permanência média foi de 16 dias, com custo médio de R$ 2.015,14. Este estudo revelou que a maioria dos procedimentos foi de urgência, com uma taxa de mortalidade estável, variando de 14,95 a 22,68 nos últimos 12 anos. A disparidade entre o setor público e privado se deve à falta de coleta de dados adequada. É crucial melhorar a coleta de dados para aprimorar a análise epidemiológica e as políticas públicas.
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DADOS SOBRE O TRATAMENTO DE INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO NO MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.8572411063

  • Palavras-chave: Doenças Cardiovasculares, Infarto Agudo do Miocárdio, Incidência Crescente, Tempo de Isquemia, Políticas Públicas de Saúde.

  • Keywords: Cardiovascular Diseases, Acute Myocardial Infarction, Rising Incidence, Ischemia Time, Health Public Policies.

  • Abstract: This study examined 14 years of Acute Myocardial Infarction (AMI) treatment in Rio de Janeiro, with 25,495 hospitalizations costing R$51,375,871.08. Most cases were urgent, and mortality rates varied from 14.95% to 22.68% in the last 12 years. Discrepancies between public and private sector procedures, partially due to unreported cases, emphasize the need for better data collection. The study underscores the importance of enhancing public policies and improving epidemiological analysis in addressing AMI, a significant healthcare issue in Brazil.

  • Artur Parente Martins
  • João Vitor Magalhães Silva
  • Patrício Clemer Alonso Ramalho
  • Fábio Theodoro Gomes
  • Paulo Roberto Hernandes Júnior
  • Paula Pitta de Resende Côrtes
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