Da tragédia do passado à farsa do presente: o discurso sobre a higiene que escapa à vista.
O texto objetivou analisar aspectos
teórico-epistemológicos ligados ao discurso
de defesa da higiene. Pesquisa qualitativa, de
caráter histórico e reflexivo, pautada em fontes
documentais relacionadas a três momentos
históricos distintos: décadas de 1850, 1910
e 2010, com ênfase respectivamente aos
discursos de Florence Nightingale, do ideário
higienista e da atual legislação ambiental.
Florence, mesmo sem evidências científicas
concretas e com tecnologias precárias,
instituiu e primou por práticas de higiene e
limpeza nos domicílios e hospitais, reduzindo
drasticamente os índices de mortalidade entre
os soldados feridos em guerra. O ideário
higienista, já dispondo de maiores avanços
técnico-científicos, fez ecoar a necessidade de
higiene sem, contudo, demonstrar capacidade
de interferir na origem das precárias condições
de vida e melhorar os indicadores de saúde.
Atualmente, avanços legais na área ambiental
somam-se a esse eco, acrescido do direito a
uma salubridade ambiental, ainda longe de ser
alcançada plenamente diante principalmente
dos baixos investimentos públicos no setor.
Conclui-se que vida prática e ideologia
transformam a aparentemente ‘simples’ higiene
em uma realidade ‘complexa’ e difícil, mas
não impossível, de ser alcançada, a depender
especialmente de esforços intersetoriais,
vontade política e investimentos no setor
Da tragédia do passado à farsa do presente: o discurso sobre a higiene que escapa à vista.
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DOI: Atena
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Palavras-chave: Ciência; Higiene; Política De Saúde.
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Keywords: Science; Hygiene; Health Policy
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Abstract:
The aim of this study is to
present the theoretical-epistemological issues
related to the hygiene defense discourse. This
is a qualitative research, with historical and
reflective characteristics, revealing references
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Número de páginas: 15
- Graziele Adrieli Rodrigues Pires