Da Roda dos Expostos ao mercado de trabalho
Analisamos neste trabalho a
assistência as crianças abandonadas no Rio
de Janeiro, relacionados- as com às principais
redes de solidariedade vinculadas à Santa
Casa de Misericórdia. No Rio de Janeiro, a
Roda dos Expostos foi inaugurada em 1738, a
Santa Casa procedia um registro dos enjeitados
nos livros de entrada, onde tinham todos os
possíveis destinos ocorridos em sua vida
enquanto ligados a instituição. Constavam: data
de entrada, doenças e entradas no hospital,
nome e endereço da ama de leite, data de
devolução, se devolvido à família, casamento,
entre outras informações importantes para uma
análise e perfil desta população assistida. Os
enjeitados permaneciam de 1 a 15 dias na Casa
da Roda, os que sobreviviam eram enviados
a criadeiras pagas pela Santa Casa, devendo
permanecer na companhia delas até 7anos. A
partir de então, os juízes de órfãos passavam
a ser seus responsáveis até a maioridade.
Podemos observar nesses registros que muitos
eram encaminhados a famílias adotivas, ao
Arsenal de Marinha, Recolhimento de órfãs,
além de Escolas Agrícolas, Fabricas de tecido,
e ao internato do Colégio Salesiano onde,
através de oficinas, deveriam aprender um
ofício. No relatório da Santa Casa de 1912,
observamos uma preocupação em mantê-los
dentro do estabelecimento, proporcionando um
ofício ao qual mais tarde pudessem se manter.
Observamos também uma preocupação de
inserir na sociedade, as jovens abandonadas
havendo uma visível preocupação em instruílas
adequadamente, compreendendo além das
matérias pedagógicas, trabalhos com agulhas,
flores e todos os ofícios que uma boa esposa e
mãe deveriam saber. O objetivo deste trabalho
é compreender as relações das modalidades
de assistência oferecidas além de investigar
a representação que desempenhou para a
sociedade do Rio de Janeiro na virada do séc.
XIX até metade do séc.XX, relacionando a
experiência da instituição Roda dos Expostos
com as discussões nos âmbitos educacional e
assistencial.
Da Roda dos Expostos ao mercado de trabalho
-
DOI: 10.22533/at.ed.39320100216
-
Palavras-chave: Assistência, Infância, Rio de Janeiro
-
Keywords: Assistance,Childhood,Rio de Janeiro
-
Abstract:
In this paper we analyze the assistance to abandoned children in Rio
de Janeiro, related to the main solidarity networks linked to the to the Holy House of
Mercy. In Rio de Janeiro, the Wheel of the Exposed was inauguratedin 1738 the Holy
House kept a record of the discarded in the entry connected with the institution. They
included: date of entry, illness and hospital admission, name and address ofmilk, return
date, if returned to family, marriage, among other information important for an analysis
and profile of this assisted population. The rejects stayed for 1 to 15 days in the Wheel
House, those who survived were sent to breeders paid by “Santa Casa”, and must
remain in their company for up to 7 years. THE From then on, orphan judges were
responsible for them until they were of age. We can see from these records that many
were referred to foster families, to the Navy Arsenal, orphans gathering, in addition to
Agricultural Schools, to the boarding school of the Salesian College where, through
workshops, they should learn a craft. In the 1912 report of the Holy House, we noted
a concern in keep them within the establishment by providing a craft to which later
could keep up. We also observed a concern to insert in society the abandoned young
people with a visible concern to properly instruct them, beyond teaching, needlework,
flowers and all the trades a good wife and mother should know. The purpose of this
paper is understand the relationship between the modalities of assistance offered and
investigate the representation he played for the society of Rio de Janeiro at the turn
of the nineteenth century until the mid-twentieth century, relating the experience of the
institution Exposed with discussions in the educational and care areas.
-
Número de páginas: 12
- Claudia Alves d`Almeida