DA INFRAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA E NOVOS MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
Este artigo, produto de uma
pesquisa de doutorado, pretende tecer um
exercício reflexivo sobre um dos temas capitais
esboçados nesta pesquisa: os novos modos de
subjetivação adolescente, e pensar a infração
na adolescência como um sintoma peculiar a
esta fase de desenvolvimento. Atestamos no
sujeito adolescente um excesso pulsional que
vem à tona assumindo um potencial de violência
em detrimento da capacidade de simbolização
por este sujeito. A problemática do excesso e
transgressões na adolescência, a violência
autoengendrada e também dirigida ao outro
nos conduz a trabalhar a hipótese de que as
leis da linguagem fracassaram dando espaço a
uma pulsão de morte que assume um potencial
cada vez mais destrutivo, configurando uma
experiência de (des) subjetivação. Uma
violência expressa nas atuações e passagens
ao ato que nos faz questioná-las e pensar se
tais ações possuiriam algum valor estruturante
para o sujeito. Isto é, pensar a delinquência
como possibilidade de nomeação e identidade.
DA INFRAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA E NOVOS MODOS DE SUBJETIVAÇÃO
-
DOI: 10.22533/at.ed.0741926032
-
Palavras-chave: Psicanálise;Adolescência; Infração; Subjetivação; Alteridade.
-
Keywords: Psychoanalysis; Adolescence; Infringement; Subjectivation; Otherness.
-
Abstract:
This article, the product of a
doctoral research, intends to weave a reflexive
exercise on one of the capital themes outlined
in this research: the new modes of adolescent
subjectivation, and think of the infraction in
the adolescence as a peculiar symptom to
this phase of development. We verify in the
adolescent subject an excess of drive that
comes to the surface assuming a potential
of violence to the detriment of the capacity of
symbolization by this subject. The problem of
excess and transgressions in adolescence,
violence self-directed and also directed to the
other leads us to work on the hypothesis that
the laws of language failed to give way to a
death instinct that assumes an increasingly
destructive potential, forming an experience of
(dis) subjectivation. A violence expressed in the
acts and passages to the act that causes us to
question them and to think if such actions would
have any structuring value for the subject. That
is, to think of delinquency as a possibility of
appointment and identity.
-
Número de páginas: 15
- Ana Maria Loffredo
- PRISCILA SOUZA VICENTE PENNA