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DA CLÍNICA TRADICIONAL À AMPLIADA: reflexões sobre poder, desigualdade e políticas macroeconômicas na saúde

O ensaio discute e analisa as duas abordagens clínicas utilizadas na atenção médica da Atenção Básica do Sistema Único de Saúde, a Clínica tradicional e a Clínica ampliada, utilizando como inspiração o artigo intitulado "Clínica: a arte de equilibrar a doença e o sujeito", de autoria de Rubens Bedrikow e Gastão Wagner de Sousa Campos (2011). Através de um olhar crítico para as condições sociais, apoiando-se no contexto histórico, político e econômico investigou-se as potencialidades e fragilidades dos dois modelos da prática clínica. Por intermédio dessa análise, se expôs a necessidade de uma perspectiva que se sobreponha à visão positivista simplista no campo da medicina, reconhecendo a importância de considerar aspectos mais amplos do paciente. Apesar dos méritos da abordagem tradicional em centros intensivos de alta complexidade do Sistema Único, ela não é suficiente para atender às necessidades sociais de saúde de usuários. Diante de tal limitação, a Política Nacional de Humanização, instituída em 2004, apresenta a Clínica ampliada como abordagem que não prescinde da experiência de adoecimento e do contexto histórico em que essa experiência se situa. O ensaio reflete, ainda, sobre a estreita ligação entre as políticas macroeconômicas e os modelos de prestação de cuidados de saúde na Atenção Básica. À medida que essas questões são exploradas, emerge um desafio: como podemos equilibrar a tradição e a inovação, a autoridade e a autonomia, a justiça e a diversidade na busca de uma atenção médica na Atenção Básica que atenda as necessidades sociais de saúde dos usuários com o cuidado de não medicalizar toda e qualquer questão social que se apresente?
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DA CLÍNICA TRADICIONAL À AMPLIADA: reflexões sobre poder, desigualdade e políticas macroeconômicas na saúde

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.0312417057

  • Palavras-chave: Clínica Médica; Medicalização; Relações Médico-Paciente; Atenção Básica.

  • Keywords: Traditional Clinic; Expanded Clinic; Doctor-Patient Relationship.

  • Abstract: The essay discusses and analyzes the two clinical approaches used in primary health care in the Unified Health System, the traditional Clinic and the expanded Clinic, using as inspiration the article entitled "Clinic: the art of balancing the disease and the subject", by Rubens Bedrikow and Gastão Wagner de Sousa Campos (2011). Through a critical look at social conditions, based on the historical, political and economic context, the potential and weaknesses of the two models of clinical practice were investigated. Through this analysis, the need for a perspective that overrides the simplistic positivist view in the field of medicine was exposed, recognizing the importance of considering broader aspects of the patient. Despite the merits of the traditional approach in high-complexity intensive care centers of the Unified Health System, it is not sufficient to meet the social health needs of users. Faced with this limitation, the National Humanization Policy, instituted in 2004, presents the extended Clinic as an approach that does not disregard the experience of illness and the historical context in which this experience is situated. The essay also reflects on the close link between macroeconomic policies and models of health care provision in Primary Care. As these issues are explored, a challenge emerges: how can we balance tradition and innovation, authority and autonomy, justice and diversity in the search for medical care in Primary Care that meets the social health needs of users while taking care not to medicalize any and all social issues that arise?

  • Rita de Cássia Gabrielli Souza Lima
  • Thaís Demartini
  • Heloise dos Santos
  • Maria Paula Cunha Manfro
  • Caroline Cruz Oliveira
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