Currículo tradicional, educação linguística e formação de professores.
Este ensaio apresenta algumas reflexões resultantes da pesquisa de pós-doutorado desenvolvida junto ao Grupo Geotecnologias, educação e contemporaneidade do Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade da Universidade do Estado da Bahia e aborda alguns aspectos que tensionam a educação linguística e a formação de professores na atualidade. Na sociedade contemporânea, o processo de leitura e escrita está marcado pelo multiculturalismo, pela confluência de semioses e pelo consumo e produção dos gêneros do discurso através de tecnologias digitais. Esta realidade desafia as instituições educacionais, que pelo seu caráter conservador, ainda não exploram pedagogicamente as novas modalidades das práticas discursivas. Por isso, este ensaio objetiva defender um paradigma educacional que contemple multiletramentos e multimodalidade, conectividade, criatividade, interatividade, e colaboração, assim como mediação e intervenção, perspectiva mais de acordo com a sociedade conectada e com as expectativas e práticas dos jovens estudantes. Assim, começamos nos referindo à ideia de um paradigma emergente (Lemke, 1994; Moraes, 1996; Nascimento e Hetkowski, 2009) e currículo (Santos, 2002; Macedo, 2013; Preto, 2017; Almeida, 2020), para depois retomar as reflexões de Bagno e Rangel (2005), Mayrink e Costa (2017), Bueno (2019) sobre educação linguística e tecnologias nos cursos de Letras. Por fim, em acordo com Rojo (2013, 2017) defendemos a pedagogia dos multiletramentos e discutimos algumas das implicações do atual currículo dos cursos de Letras na formação inicial de professores.
Currículo tradicional, educação linguística e formação de professores.
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DOI: 10.22533/at.ed.18420250918
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Palavras-chave: Currículo. Multiletramentos. Tecnologias digitais. Formação de professores.
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Keywords: Curricular model. Multi-literacy. Digital Technologies. Teacher training.
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Abstract:
This paper presents part of the discussions resulting from the postdoctoral research undertaken at Universidade do Estado da Bahia within the research group Geotecnologias, educação e contemporaneidade and aims to pinpoint some of the aspects that affect linguistic education and teacher training nowadays. In our contemporary society, the process of reading and writing is signalled by multiculturalism, by the confluence of semiotic systems and by subjects that are at once producers and consumers of digital discursive genres. This configuration defies educational institutions, which, due to their conservative nature, still resist exploring the new discursive practises. Thus, this essay intends to defend the paradigm that understands education as a multicultural, multisemiotic, connective, creative, interactive and collaborative process, more in accordance with present day society as well as with the expectations and practices of our young students. Therefore, we start by addressing the idea of emerging (Lemke, 1994; Moraes, 1996; Nascimento e Hetkowski, 2009) and syllabus (Santos, 2002; Macedo, 2013; Preto, 2017; Almeida, 2020), to later address its implications on linguistic education, language teaching and teacher training (Bagno e Rangel, 2005; Baptista, 2016, Mayrink e Costa, 2017; Bueno, 2019). Finally, in accordance with Rojo (2013, 2017) we defend the approach of multiliteracy pedagogy and discuss the implications of the current syllabus with reference to Linguistic Education courses.
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Número de páginas: 15
- Cecilia Aguirre
