Esta obra revela a obrigatoriedade da

família e poder público de proverem condições

adequadas ao desenvolvimento da pessoa na

fase da infância. Documentos legais como o

Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei

de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

sustentam tais direitos como promoção à

educação, à cultura e ao lazer. A sociedade

vive perdas irreversíveis por conta de serviços

públicos precários, injustos e desiguais onde o

público infantil se torna refém de um sistema

político injusto. É notável a falta de investimento

financeiro, por parte do poder público, nas

instâncias básicas como educação, saúde,

segurança, emprego e lazer. A partir da leitura

dessa realidade a Educação Física, como área

do saber, se preocupa com as expressões

corporais e culturais da criança, oferecendo-lhe

conteúdos e práticas pedagógicas necessárias

ao “se-movimentar” infantil. Desta maneira,

dialoga com os governos a necessidade

de espaços dentro e fora das escolas, com

infraestrutura, recursos humanos e materiais

adequados e indicados aos menores, para

contribuir com o seu desenvolvimento pleno.

Mostra a importância da família como ponto

fundamental para a educação dos filhos com

respeito, diálogo, afeto, limites. Apresentar a

Educação Física aliada à corporeidade tão

presente e necessária nas relações infantis

torna-se um eixo de possibilidade para

superação e transformação das realidades

desiguais aos direitos infantis.