CORPO NA DANÇA AÉREA/VERTICAL: RESSIGNIFICAÇÕES OU REPETIÇÃO DE PADRÕES ESTÉTICOS NA DANÇA?
Apontar reflexões críticas sobre o
processo de formação e criação do que vem
sendo denominado de dança aérea ou vertical,
ou seja, a dança criada a partir da interação e
hibridismo do corpo com técnicas e suportes
circenses ou esportivos, configura o objetivo
principal deste artigo. Geralmente este gênero
de dança utiliza meios pouco convencionais
para suas apresentações, como paredões e
fachadas de prédios, árvores, pontes, estruturas
metálicas, ginásios esportivos, entre outros.
A experiência de mais de uma década com
projetos artísticos independentes e também
institucionais, como a produtividade acadêmica
e pesquisas de iniciação científica orientadoras
de intérpretes, criadores e jovens pesquisadores
nessa área da dança, culminou na necessidade
de refletir sobre o que a dança aérea provoca
em seus praticantes, enquanto artistas críticos
e políticos da dança. Normalmente os projetos
vivenciados almejaram a ressignificação do
suporte em si, vislumbrando aquele ambiente
como espaço potente de novas criações em
dança, como uma possibilidade de deslocar o
criador e intérprete da dança aérea/vertical para
outros caminhos que não fosse restrita a uma
dança que primasse apenas pelo “olha o que eu
sei fazer!”. Mas, num sistema de educação onde
o corpo ainda luta contra a dualidade corpo/
mente, natureza/cultura, viciado em leituras e
imagens distorcidas da vida real, é possível o
desejado deslocamento, utilizando uma dança
que conduz o seu intérprete-criador para esse
deslumbramento de acrobacias e manobras no
ar? As referências contemplam os estudos do
corpo político de Agamben (2002, 2008) e Katz,
Greiner (2015).
CORPO NA DANÇA AÉREA/VERTICAL: RESSIGNIFICAÇÕES OU REPETIÇÃO DE PADRÕES ESTÉTICOS NA DANÇA?
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DOI: 10.22533/at.ed.05519091017
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Palavras-chave: BIOPOLÍTICA. CORPO. DANÇA AÉREA/VERTICAL
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Keywords: BIOPOLITICS. BODY. AERIAL / VERTICAL DANCE
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Abstract:
Point critical reflections on the
process of formation and creation of what
has come been called of the aereal dance or
vertical, that is, the dance, created on the basis
of the interaction and hybridisation of the body
with techniques and suports of the circus or
sports, sets the main purpose of this article.
Generally, this type uses means of non-conventional in their presentations, kind as
walls and facades of buildings, trees, bridges, steel structures, gymnasiums, sporting
goods, among others. With the experience of more than a decade with projects in
independent art and also institutional, such as the productivity of teaching and research
for undergraduate research, led to the need to reflect on what the aereal dance causes
its practitioners while artists, critics, and policy on the dance. Normally, the projects
experienced sought the re-signified for the support itself, and that is the powerful space
of news creations, enabling to the creator and the performer of aereal/ vertical dance
to other pathways that it will not be a dance that is excelled only by the “look what I
can do!”. However, in a system of education in which the body is still fighting against
the duality of mind / body, nature / culture, addicted to reading, and the pictures are
distorted from the real life, it is possible to the desired offset by using the dance that
leads to her working as a performer / creator for this fascination for tricks and stunts
up in the air? The references include studies of the political body of Agamben (20102,
2008), and Katz, Greiner (2015).
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Número de páginas: 15
- Raíssa Caroline Brito Costa
- Yara dos Santos Costa Passos