Artigo - Atena Editora

Artigo

Baixe agora

Livros
capa do ebook CONTROLE E TRATAMENTO CLÍNICO DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA

CONTROLE E TRATAMENTO CLÍNICO DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA

Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é uma patologia de caráter zoonótico de alto impacto na saúde pública e de notificação compulsória. É causada pelo protozoário Leishmania spp., sendo que a principal via de transmissão é através da picada do inseto da subfamília Phlebotominae Lutzomyia longipalpis. Além disso, há relatos de outras formas de transmissão da LVC como: a via venérea, que ocorre através do coito; transplacentária que a cadela transmite os protozoários para os fetos; e por meio de transfusão sanguínea.  E suspeita-se da ocorrência da transmissão através de outros vetores, como carrapatos e pulgas, porém esta forma de transmissão ainda não foi comprovada. Historicamente foi atribuída como uma doença da zona rural, contudo com o processo de aglomeração nos centros urbanos, essa doença se adaptou as cidades, tendo o cão como principal reservatório. Este resumo tem como objetivo abordar alguns aspectos do controle e do tratamento clínico dessa patologia. Para confecção desse resumo foi realizado uma revisão bibliográfica com os seguintes termos: “protocolo terapêutico canino”, “Leishmaniose visceral canina”, “Leishtec” e “Milteforan”, em que somente as publicações posteriores a 2016 foram selecionadas. Estudos corroboram que a incidência de LVC é um forte indicativo de futuras ocorrências de casos em humanos e uma vez constatado esse fato, deve-se intensificar o conhecimento dos métodos de sua prevenção, controle e seu tratamento. Para prevenção é necessário evitar a picada do flebotomíneo e para isso pode ser feito uso de repelentes, como as coleiras impregnadas de deltametrina a 4%, constatada hoje como a principal forma de prevenção e controle da doença. Também pode ser feito uso de outros produtos de uso tópico, bem como telas do tipo malha fina em canis sejam eles individuais ou coletivos. Somado a esse conjunto de ações, bem como pode adotar o combate dos criadouros do inseto vetor, que consiste em evitar o acúmulo de material orgânico. Outra medida efetiva é a administração de vacinas em animais que foram testados e comprovados que são soro-negativo para a LVC. Além disso, o controle populacional de cães dos municípios é outra maneira de se prevenir a continuidade do ciclo biológico da doença. Com relação ao tratamento clínico, na atualidade é permitido apenas o uso de um medicamento, a Miltefosina, que foi liberado para utilização apenas em novembro de 2016. Uma desvantagem dessa medicação é que o tratamento é oneroso, impossibilitando o acesso da maioria da população brasileira, além da necessidade de exames recorrentes e monitoramento por um profissional especializado, visto que o medicamento promove a cura clínica e não parasitológica. Contudo, essa é uma alternativa que existe aos pacientes com LVC, enquanto que no período anterior a 2016, como não existia tratamento clínico autorizado, todos os animais deveriam ser encaminhados a eutanásia, fato que comprovou não ser medida eficiente no combate a essa zoonose, reforçando a necessidade de atuar na prevenção com conscientização, vacinação, repelentes, bem como o combate aos criadouros do vetor. Devido à importância do cão na manutenção do ciclo urbano dessa patologia, é de suma importância a disseminação dos métodos de prevenção, controle e de tratamento dessa zoonose nesses animais, bem como a conscientização em relação ao fato que essa espécie é tanto vítima da doença como a espécie humana.

Ler mais

CONTROLE E TRATAMENTO CLÍNICO DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA

  • DOI: 10.22533/at.ed.65420110814

  • Palavras-chave: Cães. Controle e tratamento. Leishmaniose Visceral Canina.

  • Keywords: Dogs. Control and treatment. Canine Visceral Leishmaniasis.

  • Abstract:

    Canine Visceral Leishmaniasis (CVL) is a zoonotic pathology with a high impact on public health and mandatory reporting. It is caused by the protozoan Leishmania spp., and the main route of transmission is through the insect bite of the subfamily Phlebotominae Lutzomyia longipalpis. In addition, there are reports of other forms of transmission of CVL, such as: the venereal route, which occurs through intercourse; transplacental that the bitch transmits the protozoa to the fetuses; and through blood transfusion. And transmission through other vectors, such as ticks and fleas, is suspected, but this form of transmission has not yet been proven. Historically it was attributed as a disease in the rural area, however with the agglomeration process in urban centers, this disease adapted to cities, with the dog as the main reservoir. This summary aims to address some aspects of the control and clinical treatment of this pathology. To produce this summary, a bibliographic review was carried out with the following terms: “canine therapeutic protocol”, “canine visceral leishmaniasis”, “Leishtec” and “Milteforan”, in which only publications after 2016 were selected. Studies corroborate that the incidence of CVL is a strong indicator of future occurrences of cases in humans and once this fact is verified, knowledge of the methods of its prevention, control and treatment must be intensified. For prevention, it is necessary to avoid the phlebotomine bite and for that it can be used repellents, such as collars impregnated with 4% deltamethrin, found today as the main form of prevention and control of the disease. Other topical products can also be used, as well as fine mesh type screens in kennels, whether individual or collective. In addition to this set of actions, it can also adopt the fight against the breeding sites of the insect vector, which consists of avoiding the accumulation of organic material. Another effective measure is the administration of vaccines to animals that have been tested and found to be serum negative for CVL. In addition, population control of dogs in the municipalities is another way of preventing the continuity of the disease's biological cycle. With regard to clinical treatment, currently only one drug, Miltefosina, is allowed to be used only in November 2016. A disadvantage of this medication is that the treatment is costly, making it impossible for the majority of the Brazilian population to access it. , in addition to the need for recurrent exams and monitoring by a specialized professional, since the drug promotes clinical and non-parasitological cure. However, this is an alternative that exists for patients with CVL, whereas in the period prior to 2016, as there was no authorized clinical treatment, all animals should be sent for euthanasia, a fact that proved not to be an efficient measure to combat this zoonosis, reinforcing the need to act in prevention with awareness, vaccination, repellents, as well as combating vector breeding sites. Due to the importance of the dog in maintaining the urban cycle of this pathology, it is extremely important to disseminate methods of prevention, control and treatment of this zoonosis in these animals, as well as awareness of the fact that this species is both a victim of the disease and the human species.

     

  • Número de páginas: 2

  • Tiago Luis Eilers Treichel
  • Francielly Paludo
  • Amanda de Farias Rosa
  • Ursula Cristina Cardoso dos Santos
  • Helen Divina Tomaz Pereira
  • Victor Leão Martins
  • Tales Dias do Prado
  • Victor Pereira Resende
  • Geovanna Medeiros Teixeira
  • José Eduardo de Oliveira
Fale conosco Whatsapp