CONTRIBUIÇÕES DO TREINO DE FORÇA PRESCRITO PELA PERCEPÇÃO SUBJETIVA DE ESFORÇO PARA PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS: FORÇA, COMPOSIÇÃO CORPORAL E IMUNIDADE
A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) tem como seu agente etiológico o vírus da imunodeficiência humana (HIV), infectando por afinidade, principalmente, linfócitos TCD4+, levando a um quadro de imunossupressão crônica e gradativa, culminando em diversas alterações negativas no organismo. A terapia antirretroviral (TARV) melhora a qualidade de vida e diminui a morbidade desses pacientes. No entanto, a TARV tem sido associada a reações adversas sobre o perfil lipídico, alterações sobre o acúmulo de glicose e distúrbios lipodistróficos, além de efeitos negativos sobre a massa muscular, afetando a capacidade de gerar força em pessoas que vivem com HIV/AIDS (PVHA). Pesquisas investigaram a utilização do treinamento de força para PVHA, e quase não há evidências de melhoras na imunidade dos pacientes. Entretanto, a grande maioria dos estudos utilizaram carga imposta, baseando a prescrição de intensidade pelo referencial de uma repetição máxima. Este capítulo visa apresentar o efeito do treinamento de força sobre a composição corporal, ganho de força muscular e estado imunológico, utilizando a percepção subjetiva de esforço (PSE) para predição da intensidade. Indivíduos infectados pelo HIV há mais de um ano foram submetidos a 12 semanas de treinamento, com duas sessões semanais. Diante disso, foi possível identificar resultados positivos relacionados a redução de gordura (p<0,001), aumento de massa magra (p<0,001), ganho de força (p<0,001) e melhora do estado imunológico (p<0,001). Concluindo que a utilização de um programa de treinamento de força baseado na PSE parece apresentar resultados positivos sobre a composição corporal, força e estado imunológico para pessoas que vivem com HIV/AIDS.
CONTRIBUIÇÕES DO TREINO DE FORÇA PRESCRITO PELA PERCEPÇÃO SUBJETIVA DE ESFORÇO PARA PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS: FORÇA, COMPOSIÇÃO CORPORAL E IMUNIDADE
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DOI: 10.22533/at.ed.79319231211
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Palavras-chave: treino de força, percepção subjetiva de esforço, hiv, estado imunológico.
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Keywords: strength training, subjective perception of effort, hiv, immune status.
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Abstract:
Acquired Immunodeficiency Syndrome (AIDS) has as its etiological agent the human immunodeficiency virus (HIV), affinity infecting mainly TCD4 + lymphocytes, leading to a chronic and gradual immunosuppression, culminating in several negative changes in the body. Antiretroviral therapy (TARV) improves the quality of life and decreases the morbidity of these patients. However, TARV has been associated with adverse reactions on lipid profile, changes in glucose accumulation and lipodystrophy disorders, in addition to negative effects on muscle mass, affecting the ability to generate strength in people living with HIV/AIDS (PLWHA). Researches has investigated the use of strength training for PLWHA, and there is almost no evidence of improvement in patient immunity.. However, most of the studies used imposed load, basing the intensity prescription on the reference of a maximum repetition. This chapter aims to present the effect of strength training on body composition, muscle strength gain and immune status, using subjective perception of effort (PSE) to predict intensity. Individuals infected with HIV for over a year underwent 12 weeks of training with two weekly sessions. Thus, it was possible to identify positive results related to fat reduction (p <0.001), lean mass increase (p<0.001), strength gain (p<0.001) and improvement of immune status (p<0.001). Concluding that the use of a PSE-based strength training program seems to have positive results on body composition, strength and immune status for people living with HIV/AIDS.
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Número de páginas: 15
- José Garcia de Brito-Neto