Artigo - Atena Editora

Artigo

Baixe agora

Livros
capa do ebook CONTRIBUIÇÕES DA PERMANÊNCIA DO ACOMPANHANTE A PACIENTES INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) PEDIÁTRICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

CONTRIBUIÇÕES DA PERMANÊNCIA DO ACOMPANHANTE A PACIENTES INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) PEDIÁTRICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

A internação em uma instituição hospitalar de uma criança/lactente gera ansiedade pela exposição a este ambiente hostil, e o apoio para o enfrentamento a essa nova situação é restrito, portanto, a única fonte de segurança da criança/lactente é representada pelo acompanhante. Portanto o profissional de saúde deve sempre considerar a criança/lactente e sua família, como um só cliente. Visto a importância do acompanhante para a criança/lactente, no momento da internação hospitalar, este trabalho vem com o objetivo de relatar as experiências vivenciadas na prática profissional da equipe multidisciplinar, dentro de uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTI PED) de um Hospital Universitário do Centro Oeste do Brasil, salientando os benefícios da permanência do acompanhante em tempo integral. Trata-se de um relato de experiência, vivenciado pela equipe multiprofissional e residência materno infantil. A UTI PED em questão, passou a autorizar os acompanhantes em tempo integral junto às crianças/lactentes, no decorrer do ano de 2018. Neste período iniciou a observação deste novo cenário de envolvimento dos familiares na rotina da unidade. Implementar o cuidado na assistência a crianças/lactentes internadas em UTI PED com a autorização da presença de acompanhantes durante toda sua permanência na unidade, significa não só a garantia do direito previsto em lei, mas também, potencializa o processo de reestabelecimento da saúde, entendida na perspectiva biopsicossocial, com determinantes culturais e espirituais, principalmente quando há iminência de óbito. É notório que quando a presença do acompanhante é efetiva, tanto a criança/lactente, quanto a família e a equipe de profissionais se beneficiam. Quanto aos profissionais, nota-se menor nível de estresse por poder compartilhar com o acompanhante a evolução e os processos de trabalho, como alguns cuidados, principalmente em momentos de choro e de insegurança do paciente. É perceptível ainda, a relação de confiança que se estabelece com o familiar, que permite no decorrer da internação sentimento de cumplicidade no que tange questões relacionadas a terapêutica da criança/lactente. Observou-se que a equipe assistencial da UTI PED, local do estudo, não deve se basear somente na execução de procedimentos técnicos, que colaboram para a recuperação da saúde da criança/lactente, mas assistir a família em suas dúvidas, dar apoio as suas iniciativas e oferecer constante estímulo no desenvolvimento dos seus cuidados, não perdendo de vista os contextos físicos, socioeconômicos, culturais e espirituais. Contudo esse processo demanda um tempo para que esta tríade (acompanhante, criança/lactente e equipe assistencial), se adapte a nova realidade e que entenda que deve existir uma troca de saberes entre os sujeitos envolvidos neste novo cenário na unidade. Concluímos que a valorização da presença do acompanhante é um processo educativo, informativo, de mão dupla, entre familiar ou responsável e equipe, tornando-se condição para o alcance de uma prática assistencial realmente humanizada e humanizadora. Ainda há muitos obstáculos a serem vencidos neste processo de aproximação de uma equipe de unidade de terapia intensiva versus acompanhante, para que atendemos de forma digna a permanência do acompanhante e atingirmos em sua plenitude o direito da criança/lactente.

Ler mais

CONTRIBUIÇÕES DA PERMANÊNCIA DO ACOMPANHANTE A PACIENTES INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) PEDIÁTRICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

  • DOI: 10.22533/at.ed.52322230313

  • Palavras-chave: Criança Hospitalizada; Humanização; Pediatria.

  • Keywords: Hospitalized Child; Humanization; Pediatrics

  • Abstract:

    The hospitalization of a child/infant generates anxiety due to exposure to this hostile environment, and the support for coping with this new situation is restricted, therefore, the only source of safety for the child/infant is represented by the caregiver . Therefore, the healthcare professional must always consider the child/infant and their family as a single client. Given the importance of a companion for the child/infant at the time of hospitalization, this paper aims to report the experiences in the professional practice of the multidisciplinary team, within a Pediatric Intensive Care Unit (ICU Ped) of a Hospital University in the Midwest of Brazil, emphasizing the benefits of having a companion full-time. This is an experience report, experienced by the multidisciplinary team of an ICU Ped of a University Hospital in the Midwest of Brazil. The PED ICU in question began to authorize full-time companions with children/infants during this year. During this period, the observation of this new scenario of family involvement in the unit's routine began. Implementing care in the care of children/infants hospitalized in the Ped ICU, with the authorization for the presence of companions throughout their stay in the unit, means not only the guarantee of the right provided for by law, but also enhances the health restoration process, understood from the biopsychosocial perspective, with cultural and spiritual determinants, especially when death is imminent. It is clear that when the presence of a companion is effective, both the child/infant, the family and the professional team benefit. As for the professionals, there is a lower level of stress for being able to share the evolution and work processes with the companion, such as some precautions, especially in moments of crying and the patient's insecurity. It is also noticeable, the relationship of trust established with the family, which allows during the hospitalization feeling of complicity with regard to issues related to the child/infant therapy. It was observed that the care team at the ICU Ped, where the study was carried out, should not only be based on the execution of technical procedures, which contribute to the recovery of the child/infant's health, but assist the family in their doubts, support their initiatives and offer constant encouragement in the development of their care, not losing sight of the physical, socioeconomic, cultural and spiritual contexts. However, this process requires time for this triad (companion, child/infant and care team) to adapt to the new reality and to understand that there must be an exchange of knowledge between the subjects involved in this new scenario in the unit. We conclude that valuing the presence of a companion is an educational, informative, two-way process between the family member or guardian and the team, becoming a condition for achieving a truly humanized and humanizing care practice. There are still many obstacles to be overcome in this process of approaching an intensive care unit team versus a companion, so that we can provide a dignified care for the companion and fully achieve the child/infant's right.

  • Número de páginas: 14

  • Camila Fortes Correa
  • Nádia Dan Bianchi de Souza
  • Patrick Jean Barbosa Sales
  • Ana Carolini Ferreira de Castro
  • Shanna Machado de Sousa
  • Lucia Helaynn Penha de Souza Franco
  • Gisele da Silva Peixoto Zandoná
Fale conosco Whatsapp